Os alimentos voltaram a ficar mais baratos ao consumidor em junho, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 7, pelo IBGE. O grupo Alimentação e bebidas passou de um recuo de 0,35% em maio para uma queda de 0,50% em junho.
O feijão carioca teve um salto de 25,86% no último mês, sendo o item de maior pressão sobre a taxa do IPCA de junho, 0,05 ponto porcentual. No entanto, a maioria dos alimentos passou a custar menos, com destaque para o tomate (-19,22%), a batata-inglesa (-6,17%) e as frutas (-5,90%).
O grupo Alimentação teve impacto de -0,12 ponto porcentual sofre a deflação de 0,23% registrada de junho. Com a contribuição de Habitação, também de -0,12 ponto porcentual, os dois grupos foram responsáveis por toda a deflação do mês. As despesas com Habitação recuaram puxadas pelas queda de 5,52% na conta de luz, o equivalente a -0,20 ponto porcentual.
“Em maio, o caminho da inflação já mostrava uma tendência à redução. Em maio, a energia elétrica era responsável por 0,29 ponto porcentual do IPCA, deixando 0,02 ponto porcentual para todos os outros itens. Então esse resultado agora é bastante coerente com os outros meses”, avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Eulina lembrou que, desde o início do Plano Real, o IPCA teve quatro meses de junho com deflação. “É quando a colheita está sendo realizada, a comercialização está a pleno vapor”, justificou a coordenadora. “É ali pelo meio do ano que as deflações acontecem, é onde se localizam as taxas mais baixas” completou.