O luto dos jogadores do Flamengo pelas mortes de dez atletas das divisões de base, em incêndio ocorrido na última sexta-feira, no Ninho do Urubu, não chegou ao fim, mas eles precisam lidar com a rotina de treinamentos e compromissos, a começar pelo duelo de quinta, com o Fluminense, no Maracanã, pelas semifinais da Taça Guanabara.
Diante desse cenário, o volante Willian Arão afirmou que os jogadores estarão a cada dia mais unidos na tentativa de superar a dor. O meio-campista apontou que a ajuda mútua é fundamental para o time seguir em frente e conquistar bons resultados na sequência da temporada 2019.
“Não temos uma fórmula mágica, algo que se possa fazer para esquecer em um estalar de dedos. Vamos superar a cada dia, honrando esses meninos, nosso trabalho e os sonhos. Não acredito que a dor vá sumir, mas, com o tempo, vamos tentando encontrar forças para seguir em frente. O Abel deu uma palavra para a gente e foi muito importante. É um se escorar no outro para que possamos nos ajudar”, afirmou.
Arão também voltou a se declarar emocionado com o pedido da mãe de Jorge Eduardo, uma das vítimas fatais do incêndio, para que utilize o nome do filho em sua camisa, o que ocorrerá no Fla-Flu desta quinta-feira. O mesmo pedido também havia sido realizado pela mãe de Rykelmo, outro jovem das divisões de base do Flamengo que faleceu no fim de semana.
“Me sinto honrado que tive uma influência positiva, mesmo cometendo erros. Não vou levar eles apenas nas minhas costas, vou levar para minha vida. Isso está marcado para sempre”, comentou.
Também durante a entrevista coletiva desta quarta-feira, Arão comentou sobre uma foto que tirou com Jorge Eduardo. E destacou a honra e peso de despertar a idolatria de jovens que davam seus primeiros passos no futebol. “Foi em 2016. No contato que temos diariamente com os garotos, vemos o brilho no olhar deles, ficam arrepiados”, disse.