As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira, 23, num dia de recuperação após as perdas generalizadas do pregão anterior, embora persistam incertezas sobre a situação da covid-19, em especial no Reino Unido, e apesar de críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, aos incentivos fiscais bilionários recém-aprovados no Congresso americano.
Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,76%, a 3.382,32 pontos, e o menos abrangente Shenzhen avançou 0,74%, a 2.281,24 pontos. Ações ligadas a energia renovável lideraram os ganhos, em meio a expectativas de robusta demanda futura e apoio das políticas de Pequim.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei se valorizou 0,33% em Tóquio, a 26.524,79 pontos, graças a papéis dos setores de eletrônicos e farmacêutico, enquanto o Hang Seng registrou alta de 0,86% em Hong Kong, a 26.343,10 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 0,96% em Seul, a 2.759,82 pontos, e o Taiex subiu 0,32% em Taiwan, a 14.223,09 pontos.
O apetite por risco prevaleceu mesmo depois de Trump, num gesto inesperado, criticar ontem o pacote fiscal de US$ 900 bilhões que o Congresso dos EUA aprovou nesta semana para combater os efeitos da pandemia do coronavírus. Em mensagem no Twitter, o presidente americano disse que o projeto aprovado é "muito diferente" do que ele esperava e o classificou de "desgraça". Fica a dúvida, agora, se Trump irá sancioná-lo ou não.
Além disso, a covid-19 continua se espalhando com força ao redor do mundo e tornou-se particularmente preocupante no Reino Unido, que no fim de semana identificou uma cepa até 70% mais infecciosa do vírus, levando mais de 50 países a suspender o tráfego aéreo com os britânicos.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom positivo da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,66% em Sydney, a 6.643,10 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires).