Bolsas de NY fecham em alta e índices renovam recordes com dados dos EUA

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, 4, impulsionadas por indicadores macroeconômicos dos Estados Unidos e balanços corporativos. Passada a volatilidade dos movimentos especulativos, e com o foco dos investidores também no pacote fiscal do governo Joe Biden, os índices acionários continuaram a recuperar perdas e renovaram recordes, depois de terem registrado a pior semana desde outubro de 2020.

O Dow Jones subiu 1,08%, a 31.055,86 pontos. Nas máximas históricas de fechamento, o S&P 500 avançou 1,09%, a 3.871,74 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 1,23%, a 13.777,74 pontos.

Segundo analistas do BMO Capital Markets, a perspectiva macro nos EUA permaneceu favorável para o desempenho de ativos de risco, "com os democratas avançando com uma grande proposta de estímulo, a primeira rodada de lucros corporativos parecendo sólida e os dados mais recentes sobre o mercado de trabalho surpreendendo positivamente".

Na semana passada, de acordo com o Departamento do Trabalho, os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram 33 mil. "Consequentemente, está crescendo a confiança de que o mercado de trabalho dos EUA se recuperou após um revés em dezembro", diz o analista de mercado Joe Manimbo, da Western Union.

As encomendas à indústria americana, por sua vez, subiram 1,1% em dezembro, na comparação mensal, acima da alta de 0,7% prevista por analistas consultados pelo <i>Wall Street Journal</i>. Presidente da distrital de Cleveland do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Loretta Mester se disse otimista com a recuperação da economia no segundo trimestre do ano.

Os investidores também mantiveram o foco nas negociações em Washington do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto por Biden. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que os estímulos são a prioridade do governo. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, afirmou que o Senado deve avançar com o dispositivo conhecido como "reconciliação", já aprovado na Câmara, que facilitaria a tramitação do projeto sem o apoio dos republicanos.

A ação da Apple, que teve ganho de 2,58%, também beneficiou os índices acionários, após a informação de que a companhia está perto de fechar um acordo com a Hyundai para a produção de um carro elétrico autônomo.

Os papéis da Ford e da Gilead, que divulgaram resultados corporativos após o fechamento do mercado, fecharam em alta de 1,52% e 2,03%, respectivamente. Já o da GameStop, principal alvo do movimento especulativo de investidores de varejo, recuou 42,11%.

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