Economia

Bovespa absorve correções e tem 3ª alta seguida

A Bovespa teve nesta terça-feira, 24, sua terceira alta consecutiva, com novo pico em um período de quase cinco anos. O Índice Bovespa chegou a avançar além da resistência dos 66 mil pontos mas, contido pela realização de lucros nas ações de bancos, fechou aos 65.840,09 pontos, em alta de 0,14%. O noticiário doméstico escasso e a ausência de ruídos mais sérios nos primeiros dias do governo Donald Trump garantiram tranquilidade ao pregão da Bovespa, que movimentou um total de R$ 9 bilhões.

O mercado brasileiro de ações seguiu em forte correlação com o mercado de commodities, tendo as ações da Vale como destaque principal. Além da valorização de 2,5% do minério de ferro (pureza de 62%) no mercado à vista chinês, as ações refletiram a divulgação de dados positivos do setor e a expectativa favorável para o resultado financeiro do quarto trimestre. Com isso, Vale ON e PNA terminaram o dia com ganhos de 2,46% e 2,79%, respectivamente.

Por outro lado, as ações de bancos foram alvos de realização de lucros recentes, o que trouxe instabilidade para o Ibovespa. Banco do Brasil ON, que na véspera havia subido 4,53%, hoje fechou em baixa de 1,89%. Santander Brasil unit, que divulga balanço na próxima quinta-feira, caiu 1,98%.

Apesar do pregão de oscilações mais contidas, prevaleceu a percepção positiva em relação ao País, apoiada na redução mais acelerada dos juros e nas previsões de avanço do governo nas reformas estruturais. “Com a expectativa de recuperação econômica, o Brasil se mostra mais atrativo que outros emergentes, o que justifica o forte fluxo de recursos externos à bolsa”, disse um analista de renda variável.

Com o resultado de hoje, o Ibovespa passa a contabilizar alta de 9,32% em janeiro. O saldo dos investimentos estrangeiros no mês, até a última sexta-feira (20), era de R$ 3,538 bilhões.

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