O Paris Saint-Germain obteve nesta terça-feira uma vitória importante na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), na Suíça. O tribunal aceitou recurso do clube francês contra decisão da Uefa, que queria reabrir um caso de Fair Play Financeiro, cuja investigação já estava encerrada.
A decisão desta terça se refere a uma tentativa da Uefa de reabrir caso que a própria entidade já encerrada. Na apuração, a Uefa avaliou inicialmente que o PSG estava em situação regular com as regras de compliance da entidade, em 2017. Insatisfeita com a própria decisão, a Uefa tentava mudar sua avaliação. Mas a CAS apontou que o prazo já havia sido superado.
A decisão do tribunal, contudo, não acabou com as questões de Fair Play Financeiro do clube francês junto à Uefa. O clube, que escapou de punições em relação ao caso mais recente, ainda corre risco de sofrer sanções em relação à investigação referente às suas contas na temporada 2017/2018.
Na ocasião, o PSG, na avaliação da Uefa, estourou o seu orçamento ao gastar pouco mais de 400 milhões de euros nas compras do brasileiro Neymar e do francês Kylian Mbappé. O atacante, então do Barcelona, se tornou a contratação mais cara da história, no valor de 222 milhões de euros (R$ 958 milhões, na cotação atual). Mbappé foi comprado junto ao Monaco por 180 milhões de euros (R$ 776 milhões).
O PSG vem se tornando um dos principais alvos da Uefa desde que foi institucionalizado o Fair Play Financeiro, em 2011. O clube também se tornou alvo de críticas por parte de outros grandes times do continente em razão dos altos investimentos feitos pelos proprietários do PSG, que usariam recursos de outras empresas, localizadas no Catar, para bancar os caros reforços da equipe de futebol.
“O clube enfatiza que sempre respeitou as regras e sempre se esforçou para responder calmamente e de forma transparente as repetitivas solicitações da Uefa e do seu painel financeiro”, disse o PSG, em comunicado, após o anúncio da decisão da CAS.