Começou por volta das 9h30 desta terça-feira, 7, a sessão do Conselho de Ética que vai selar o destino político do deputado e presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A primeira parte da sessão será destinada ao debate do parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassação do mandato parlamentar do peemedebista.
Estão previstos nas primeiras horas da reunião os discursos de 17 parlamentares, entre membros e não-membros. Só depois os conselheiros partirão para a votação do parecer de Rogério.
O primeiro suplente a registrar presença na sessão foi o membro da “tropa de choque” de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). Em caso de ausência de algum titular do bloco partidário liderado pelo PMDB, Marun será o primeiro a ter o voto validado. A deputada Tia Eron (PRB-BA), considerada dona do voto decisivo no caso, ainda não marcou presença. A parlamentar é do mesmo bloco de Marun.
O parecer que pede a cassação de Cunha foi apresentado na quarta-feira passada ao colegiado. Em 86 páginas, Rogério diz que há provas fartas de que o peemedebista mentiu à CPI da Petrobras no ano passado, ao negar que tivesse contas no exterior. O relator aponta a prática de condutas graves e ilícitas, como o recebimento de propina do esquema de corrupção na estatal, com base nas investigações da Operação Lava Jato.