O atacante Ángel Romero torce para que não aconteçam confrontos entre os torcedores na partida desta quarta-feira, em Santiago, onde o Corinthians enfrenta a Universidad de Chile pela Copa Sul-Americana. No duelo de ida, no começo de abril, quando os corintianos venceram por 2 a 0, 24 chilenos foram presos após tumultos nas arquibancadas do Itaquerão. Pedaços de assentos do setor de visitantes do estádio foram arremessados em direção aos setores dos torcedores da equipe brasileira e houve confrontos entre os chilenos e a Polícia Militar.
“O que aconteceu aqui ficou para trás. A torcida da Universidad começou a briga. Vamos lá para jogar, e a torcida do Corinthians vai torcer. Tomara que não aconteça nada. A La U mostrou na arena que tem um time muito bom, joga um bom futebol, mas vamos defender o resultado”, disse Romero, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira no CT Joaquim Grava.
Autor do gol corintiano na decisão do Campeonato Paulista, Romero afirma que superou as críticas da torcida. Contratado para o Campeonato Brasileiro de 2014, o paraguaio chegou a ouvir dos seus críticos que o Corinthians trouxera o Romero errado – o seu irmão gêmeo, o meia Óscar, foi vendido para o Racing antes de ser negociado com o Shangai Shenhua, da China, e emprestado ao espanhol Alavés. Romero ganhou espaço com o desmanche da equipe corintiana e a má fase dos reforços Guilherme, Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e Marlone, este último emprestado ao Atlético Mineiro.
“Minha característica é essa. No Paraguai, eu também corria muito. Não tem bola perdida. Encaixei muito bem no Corinthians porque a torcida gosta de quem corre os 90 minutos. Eu queria isso, mas não tinha sequência de jogos. Hoje, que estou tendo essa sequência, trato de fazer isso a cada dia. Mas, como atacante, tenho de fazer gols. Agora estou conseguindo voltar para defender, ajudar o time e também fazer os gols”, disse Romero.