Na esteira do aumento dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a Dívida Bruta do Governo Geral fechou novembro aos R$ 6,558 trilhões, o que representa 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em outubro, o Banco Central (BC) informou que o porcentual fora de 90,7%. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do novo coronavírus, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.
A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
<b>Dívida líquida</b>
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 59,9% para 61,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro de 2020. A DLSP atingiu R$ 4,568 trilhões.
A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil, hoje na casa dos US$ 355,6 bilhões.