O dólar retoma a queda no mercado à vista nesta segunda-feira, 26, após subir na sexta, com investidores animados com a perspectiva de avanço na pauta de reformas na Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta manhã que, apesar de o recrudescimento da covid-19 no País ter causado um "pequeno atraso" no andamento da Reforma Tributária, espera até a próxima segunda-feira (3/5) fazer a leitura ou publicar o relatório da proposta.
Já o relator da Medida Provisória (MP) que trata da privatização da Eletrobras na Câmara, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), disse que deve discutir seu parecer com Lira e líderes partidários nesta semana.
Uma forte agenda é esperada também na semana. Amanhã, têm início os trabalhos da CPI da Covid-19 no Senado e o IPCA-15 de abril será divulgado. Depois, são esperados os dados do Caged de março, na quarta, IGP-M de abril e os números do Governo Central, na quinta; e a Pnad Contínua do trimestre até fevereiro e os dados do setor público consolidado de março, na sexta.
Nos EUA, a semana traz a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira, quando o presidente americano, Joe Biden, fala no Congresso e há especulação de que poderá anunciar aumento de impostos para ricos. Hoje há uma videoconferência do presidente do Banco Central, com representantes da Fitch Rating, que embora seja fechada à imprensa, deve ficar no radar.
Mais cedo foi divulgado que as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos subiram 0,5% em março ante fevereiro, bem abaixo da previsão dos analistas (+2,2%). No Brasil, o Banco Central informou que a estimativa para abril é de superávit em conta corrente de US$ 5,7 bilhões e de IDP, de US$ 4,9 bilhões.
Mais cedo também foi revelado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,51% na terceira quadrissemana de abril, desacelerando em relação à alta de 0,65%. E o Relatório de Mercado Focus mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 4,92% para 5,01%. Há um mês, estava em 4,81%. A projeção para 2022 permaneceu em 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,51%. A projeção para 2021 está acima do centro da meta de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
A mediana das previsões para a Selic neste ano foi de 5,25% para 5,50% ao ano. Há um mês, estava em 5,00%. No caso de 2022, a projeção foi de 6,00% para 6,13% ao ano. A expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,04% para elevação de 3,09%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,18%. A projeção mediana para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 5,40, ante R$ 5,33 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio passou de R$ 5,26 para R$ 5,40, ante R$ 5,26 de quatro pesquisas atrás.
Às 9h28 desta segunda, o dólar à vista caía 0,85%, a R$ 5,4507. O dólar futuro para maio recuava 0,45%, a R$ 5,4534.