O dólar oscila próximo da estabilidade nesta manhã de quinta-feira, com leve alta, em uma manhã de instabilidade no exterior e forte expectativa por manifestações dos presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos. Pelo BC brasileiro, Roberto Campos Neto falará a partir das 11h sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado mais cedo. Na mesma hora, o seu colega americano, Jerome Powell, estará no Senado dos Estados Unidos.
Destaque nesta manhã para o número de pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que aumentaram em 4 mil, chegando a 870 mil, acima da previsão dos analistas, que era de 850 mil. Segundo o estrategista de câmbio Jefferson Laatus, o dado traz ainda mais incerteza ao mercado e vai na direção de gerar maior pressão por estímulos à economia americana, como vem defendendo o presidente do Fed. "A novela mexicana dos estímulos parece que não acaba", afirma.
Os índices futuros de Nova York, as principais bolsas da Europa e os contratos futuros de petróleo aceleraram a queda após os dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. No mercado brasileiro, o dólar à vista era cotado às 9h56 a R$ 5,5995, em alta de 0,23%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro estava em R$ 5,6010, em alta de 0,17%.
Segundo informam profissionais nas mesas de operações, a leve queda indicada pelo dólar pouco após a abertura esteve relacionada a desmontagem de posições compradas em moeda americana. Além da oportunidade de realização de lucros, haveria algum receio de entrada do Banco Central no mercado caso o dólar supere os R$ 5,60.