O meia argentino Emiliano Sala foi velado neste sábado na cidade de Progreso, na Argentina, onde o atleta deu seus primeiros passos no futebol. Com o caixão envolto em uma bandeira rubro-negra, cores do San Martín de Progreso, familiares, amigos e centenas de pessoas tiveram a oportunidade de se despedir do jogador morto há quase um mês em um acidente aéreo no Canal da Mancha, entre a França e a Grã-Bretanha.
Além de familiares e amigos de Sala, também compareceram ao velório atletas e autoridades do Cardiff City, do País de Gales, e do Nantes, da França. Pelo lado do clube francês, onde o meia brilhou, o secretário-geral do clube, Loic Morin, e o zagueiro Nicolás Pallois, seu melhor amigo, foram à Argentina. Já pelo time britânico, o chefe-executivo Ken Choo e o treinador Neil Warnock também prestaram homenagens.
Nantes e Cardiff City são, respectivamente, o clube em que Sala mais brilhou e o que abriu os cofres para transformá-lo na contratação mais cara da sua história – 17 milhões de euros (R$ 72 milhões). Ainda neste sábado, o caixão foi transportado até a cidade de Santa Fé, onde o corpo de Sala foi cremado.
Em 21 de janeiro, o argentino deixou a cidade francesa rumo ao Reino Unido, onde faria o primeiro treino pelo Cardiff City, clube que comprou o atacante na última janela de transferências da Europa. O avião de pequeno porte que levava o jogador desapareceu dos radares no Canal da Mancha e não chegou ao destino.
A aeronave só foi encontrada no dia 3 de fevereiro, com a ajuda de um barco particular e um equipamento sonar de última geração contratado pela família e agentes do atleta. As peças estavam no fundo do mar, a aproximadamente 38 quilômetros ao norte da ilha de Guernsey, na Grã-Bretanha. O corpo do jogador foi retirado do mar no dia 6 e identificado no dia seguinte, por meio de exames de DNA.