O Fundo Monetário internacional (FMI) elevou um pouco a projeção de crescimento do Brasil em 2021, de 3,6% prevista em janeiro para 3,7%, e manteve a estimativa de alta do produto interno bruto do País de 2,6% para 2022, de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês) de abril. Em relação às previsões realizadas em outubro pelo Fundo, ocorreram mudanças mais expressivas, pois as estimativas eram de altas do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% para este ano e de 2,3% para o próximo.
Embora o FMI tenha destacado no documento que suas "suposições para a política monetária são consistentes com a convergência da inflação para o centro da meta até o final de 2021", na prática suas previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superam tal objetivo para este ano e 2022. De acordo com as projeções do Fundo, o indicador atingirá 4,6% neste ano e 4,0% no seguinte.
O Fundo avalia que o déficit de transações correntes como proporção do PIB deverá alcançar 0,6% neste ano e subirá para 0,8% em 2022. O FMI prevê que a taxa de desemprego no País atingirá 14,5% em 2021 e baixará para 13,2% no próximo ano.
Em relação a projeções de longo prazo, para 2026 o FMI prevê que o Brasil crescerá 2,0%, o IPCA atingirá 3,3% e o País terá um déficit de transações correntes como proporção do PIB de 1,7%.
O Fundo Monetário Internacional destacou que as projeções fiscais para o País neste ano refletem "anúncios de políticas realizadas até 12 de março de 2021", sendo que as previsões de médio prazo "refletem total cumprimento" do teto de gastos federais.