Romain Grosjean anunciou neste domingo que não vai disputar o GP de Abu Dabi, última corrida da temporada 2020 da Fórmula 1, no próximo domingo, para se concentrar em sua recuperação após o grave acidente sofrido há uma semana, no Bahrein. Com isso, a Haas decidiu manter o brasileiro Pietro Fittipaldi no grid.
Como seu contrato com a Haas para 2021 não foi renovado, Grosjean planejava se esforçar para se despedir da Fórmula 1 na corrida em Abu Dabi. No entanto, o francês voltou para a Suíça para continuar a recuperação das queimaduras nas mãos e calculou que seria arriscado ir à pista no próximo domingo.
"É com grande tristeza que não estarei apto para fazer minha última corrida em Abu Dabi e estar com o time lá. Nós tentamos bastante juntamente com o médico para recuperar e cuidar das minhas mãos, mas o risco de correr é muito grande para a recuperação e minha saúde", explicou Grosjean. "Então, foi tomada a decisão de que não vou para a corrida. É uma das decisões mais difíceis da minha vida, mas obviamente é a mais inteligente. Vou sentir falta da equipe, mas estarei torcendo por eles como sempre", acrescentou.
Dessa maneira, o neto de Emerson Fittipaldi terá mais uma oportunidade de mostrar serviço na categoria. Ele largará em 20º no GP de Sakhir, neste domingo. Para 2021, a Haas já anunciou o alemão Mick Schumacher, filho do heptacampeão Michael Schumacher, e o russo Nikita Mazepin.
A Mercedes indicou que Grosjean pode ganhar uma chance de realizar um teste privado na escuderia alemã como forma de dar adeus às pistas, mas sua última prova oficial foi o GP do Bahrein, marcado pelo impressionante acidente que sofreu. Ele se enroscou com Daniil Kvyat na largada, bateu no guard rail e ficou no cockpit em chamas por 29 segundos. O francês fugiu do fogo e da morte com a ajuda da equipe de resgate e sofreu apenas queimaduras nas mãos.
"Lamento muito que Romain perca o que seria sua última corrida com a Haas", disse o chefe da equipe, Guenther Steiner. "Mas estamos todos de acordo que ele deve tomar a melhor decisão com relação ao seu tratamento e à recuperação do incidente do domingo passado".
Em sua trajetória de dez anos na Fórmula 1, Grosjean competiu pela Renault, que viraria Lotus, e pela Haas. A equipe americana agradeceu o comprometimento do piloto ao longo da parceria de seis temporadas.
"Romain acreditou em nosso projeto na Fórmula 1 desde o início. Ele esteve comprometido em guiar para nós mesmo antes de termos construído um carro. Sem dúvidas, uma grande determinação e esforço que ele colocou em nos ajudar nos objetivos quando éramos uma equipe nova na Fórmula 1. Nós sempre seremos gratos pela crença e comprometimento", afirmou Steiner.