Ibovespa sobe com melhora em NY e leilão de aeroportos

O Índice Bovespa iniciou o pregão desta quarta-feira em baixa, com fôlego aparentemente limitado, mas inverteu a tendência ainda na primeira hora de negociação e voltou a flertar com o patamar dos 118 mil pontos. Ao mesmo tempo, o dólar ampliou as perdas ante o real. A melhora dos ativos coincide com a abertura positiva das bolsas de Nova York e com o início do leilão de 22 aeroportos no Brasil, que acontece agora nesta manhã.

Havia expectativa no mercado para saber o grau de apetite do investidor estrangeiro pelas operações aeroportuárias. O interesse pelos aeroportos é um termômetro importante para a bolsa, que vem perdendo recursos externos nos últimos dois meses.

A sexta rodada de concessão de aeroportos recebeu propostas para os três blocos leiloados nesta quarta-feira. Composto de nove terminais, o bloco Sul recebeu três propostas, com ágios de até 1.534%. O lance mais alto foi da Companhia de Participações em Concessões, de R$ 2,12 bilhões. Logo em seguida, a Aena Desarrollo deu um lance de R$ 1,05 bilhão. O Bloco Norte, composto de 7 terminais, recebeu duas propostas, com ágios de até 777%. A Vinci Airports deu um lance de R$ 420 milhões, enquanto o Consórcio Aerobrasil deu um lance de R$ 50 milhões.

Às 10h43, o Ibovespa tinha 117.917,06 pontos, em alta de 0,36%, depois de ter atingido máxima aos 118.071,04 pontos (+0,49%). Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,16% e o S&P-500 ganhava 0,12%.

No noticiário setorial, destaque para a produção de veículos, que subiu 1,7% na passagem de fevereiro para março. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 200,3 mil unidades saíram das linhas de montagem no mês passado, 5,5% acima de igual período de 2020, conforme balanço apresentado na manhã de hoje pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras. O resultado, embora positivo, foi prejudicado pelo agravamento da crise sanitária, que levou a maioria das montadoras a suspender a produção na semana passada, além da falta de peças nas fábricas.

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