Depois de ter subido quase 2% na véspera, a Bolsa brasileira teve nesta terça-feira uma abertura fraca, com o Índice Bovespa alternando sinais de alta e baixa. O movimento é semelhante ao das bolsas norte-americanas, que iniciam o dia em queda, com ajustes sendo promovidos depois do rali de segunda-feira. A agenda de indicadores econômicos mais escassa também contribui para as correções, enquanto investidores aguardam novidades no que diz respeito à questão fiscal doméstica.
Às 10h47, o Ibovespa tinha 117.708,47 pontos, em alta de 0,16%.
Pela manhã, destaque para a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em sua participação no Encontro de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) com o Banco Mundial. Ele avaliou que China vem absorvendo uma grande parte dos fluxos de capital que antes iam para mercados emergentes. "Esse é um fenômeno que não tínhamos antes. Há questionamentos sobe como a cadeia global de valor se situará no futuro e isso afeta a forma como as pessoas olham os países emergentes", afirmou.
Entre fevereiro e março, R$ 15,9 bilhões em recursos de investidores estrangeiros deixaram a B3. Em março foram R$ 4,6 bilhões, num período de maior volatilidade, que incluiu troca do presidente da Petrobras, ruídos políticos e aprovação do Orçamento com sinais de maquiagem contábil. No dia 1º de abril, foram retirados mais R$ 937 milhões da bolsa, conforme informou há pouco a B3.
De volta ao cenário internacional, o FMI decidiu elevar a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) global de 5,5% para 6,0%. A decisão levou em conta o rápido avanço da vacinação contra o coronavírus em alguns países, sobretudo nos EUA, e as robustas respostas fiscais e monetárias para mitigar a recessão provocada pela covid-19.
O FMI, contudo, ressalta que a dinâmica do crescimento global é "incerta", pois na corrida entre a vacinação e a multiplicação de variantes do coronavírus pelo mundo ainda não há um cenário claro sobre quais serão os seus desdobramentos no curto prazo.