A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), publicada na manhã desta terça-feira, 26, retomou a ideia de que indicadores de atividade da economia brasileira, referentes ao fim de 2020, "têm surpreendido positivamente, mas não contemplam os possíveis efeitos do recente aumento no número de casos de covid-19".
"Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais", registrou a ata, também repetindo ideia contida em documentos anteriores.
De acordo com o BC, diversas medidas de inflação subjacente também estão "em níveis acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação".
<b>Preços das commodities</b>
O Copom admitiu nesta terça, na ata da última reunião, que a recente elevação no preço de commodities internacionais e seus reflexos sobre os preços de alimentos e combustíveis implicam elevação das projeções de inflação para os próximos meses.
"Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, ainda que tenham se revelado mais persistentes do que o esperado", reiterou o colegiado.
O Copom reforçou que segue monitorando a evolução desses choques com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente.