A maioria das bolsas da Ásia encerrou o pregão desta terça-feira, 8, em baixa, mirando a ampliação de restrições para conter a segunda onda de covid-19 e o impasse do Brexit. As perdas foram atenuadas, contudo, pela aposta de investidores em mais estímulos fiscais nos Estados Unidos.
Justamente o "sopro de otimismo" com mais apoio na maior economia do mundo permitiu ao índice de Shenzhen encerrar o dia na estabilidade, aos 13.973,89 pontos.
Entre os demais mercados do continente, porém, as perdas foram generalizadas: no Japão, o índice Nikkei encerrou o dia em queda de 0,30%, aos 26.467,08 pontos, acompanhado pelo Kospi, de Seul, que caiu 1,62%, para 2.700,93 pontos.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,73%, aos 26.314,00 pontos, e, na China continental, o índice de Xangai cedeu 0,19%, para 3.410,18 pontos.
O pessimismo vem na esteira da segunda onda de covid-19 no planeta, que já leva importantes centros econômicos globais, como a Califórnia, a endurecerem medidas restritivas para conter o repique de casos. Além disso, o desconforto com a falta de acordo para o Brexit persiste e contém a tomada por risco.
Via imprensa, autoridades britânicas e europeias sinalizaram ao longo de ontem que o acordo comercial para vigorar após o período de transição do Brexit pode, de fato, não sair, já que os dois lados não conseguem chegar a um consenso.
Essa hipótese – conhecida como "hard Brexit" – era temida pelo mercado desde o plebiscito que deu início à saída do Reino Unido da União Europeia, feito em 2016.
O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, por exemplo, afirmou que as negociações estão pendendo para a falta de acordo.
Na Oceania, a tendência de recuperação se uniu à iminência dos estímulos fiscais em solo americano e levou o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sidney, a fechar em alta de 0,19%, aos 6.687,70 pontos.