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No vôlei de praia, André Stein rompe parceria com campeão olímpico Alison

Faltando menos de 500 dias para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o vôlei de praia do Brasil sofreu mais uma mudança nesta segunda-feira. Desta vez, foi a dupla Alison/André Stein que decidiu chegar ao fim. A iniciativa pelo rompimento da parceria partiu de André, em razão dos resultados ruins. Alison foi campeão olímpico no Rio-2016.

A decisão acontece um dia após a disputa da etapa de Doha do Circuito Mundial de vôlei de praia. No Catar, Alison e André foram mal, caindo na repescagem, antes mesmo das oitavas de final. A etapa, de nível quatro estrelas, foi a primeira da corrida olímpica brasileira, que definirá as duplas classificadas para Tóquio-2020.

“Não foi uma decisão fácil. Tínhamos muitas expectativas, um projeto bem planejado, mas, infelizmente, não conseguimos os resultados. Não foi por falta de empenho, de treino e dedicação. Estamos começando a corrida olímpica e, pensando no sonho que temos, de estar no Japão no ano que vem. Acho que a hora de tomar essa decisão era agora”, disse André, campeão da Copa do Mundo e do Campeonato Mundial em 2017 (ao lado de Evandro).

Jogando juntos desde maio do ano passado, Alison e André tiveram como melhores resultados os vices da etapa de Moscou do Circuito e da etapa de Palmas do Circuito Brasileiro, ambos no ano passado. “Tenho muito respeito e carinho pelo Alison, pelo Leandro, a amizade entre nós sai ainda mais fortalecida após esse período”, garantiu André.

Dono de duas medalhas olímpicos (foi prata em Londres-2012), Alison lamentou o fim da parceria. “Foi uma decisão do André e tenho que respeitar. Entendo o lado dele e fico triste porque nosso time tentou de tudo, trabalhou duro para alcançar os resultados, mas eles não vieram”, disse o campeão olímpico no Rio, ao lado de Bruno Schmidt.

Alison afirmou que ainda não definiu com quem jogará agora, já em meio à disputa da corrida olímpica. “Infelizmente a dupla acaba, mas fica uma amizade muito mais forte do que a que tínhamos antes, uma relação muito forte, de irmãos mesmo. Aconteceu tudo de repente e esse é o momento de ter calma. Ainda não estou pensando em parceiro. Quero chegar em casa e avaliar o que há de opções com calma.”

Depois do ouro olímpico, Alison surpreendeu ao anunciar em maio do ano passado o fim da dupla com Bruno Schmidt. Em seguida, formou parceria com André. Mas os resultados não vieram.

A mudança foi a primeira de uma sequência que causou uma “dança das cadeiras” no vôlei de praia brasileiro. A última delas foi a união de Bruno com Evandro, que tende a se tornar a dupla mais forte do País. Pedro Solberg e Vitor Felipe que eram os respectivos parceiros de Bruno e Evandro, passaram a jogar juntos.

Também estão na briga pelas duas vagas olímpicas no masculino Guto e Saymon, Ricardo e Álvaro Filho e George e Thiago.

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