A Oi chegou alcançou dois milhões de clientes na sua operação de fibra ótica em dezembro, anunciou a empresa na manhã desta terça-feira. A operadora dobrou sua base de clientes em oito meses, comentou Bernardo Winik, vice-presidente de clientes da empresa. "Saímos de 700 mil clientes ao fim de 2019, para um milhão no começo de 2020 e agora entramos em dezembro com essa boa notícia de dois milhões de clientes totais", disse em coletiva, destacando que esse é o pilar central na estratégia da empresa para os próximos anos.
O executivo também destacou que a Oi chegou a marca de 9,2 milhões de casas passadas por fibra ótica em dezembro, marca um milhão acima da estimativa original da empresa, com 134 cidades sendo atendidas. Em 13 capitais do Brasil o produto da Oi já é líder de mercado. "O desempenho foi bem acima do esperado quando a gente desenhou o projeto, é um motivo de bastante orgulho para a Oi."
Winik destacou que na adição líquida de clientes na fibra, 80% são sem relacionamento com a empresa, comprando o produto por indicação de outras pessoas. O restante vem de clientes que evoluem pacotes de banda larga tradicional. A receita média por usuário passou de R$ 85 para R$ 88 em um ano, com receitas ao fim do terceiro trimestre de R$ 402,3 milhões no segmento de fibra ótica. "Isso mostra o acerto da nossa estratégia, da operação da nossa companhia, estamos avançando e o resultado está aí."
<b>Plano agressivo</b>
O plano agressivo de expansão do segmento de fibra ótica da Oi envolve uma estimativa de chegar a quatro milhões de clientes ao fim de 2021, contra dois milhões neste ano, com 228 cidades atendidas – expansão de 94 cidades ao País – e cerca de 15 milhões de casas passadas.
De acordo com José Cláudio Moreira Gonçalves, vice-presidente de operações e tecnologia, o número não está longe da realidade, levando em conta o crescimento apresentado pela operadora até aqui e os novos produtos que eles pretendem lançar no próximo ano.
"Estamos fazendo pilotos de fibra com velocidade 1 GB e com uma solução completa de conectividade para o nosso cliente", comentou o executivo. "Entramos com a quinta geração da fibra ótica, significa implementar o XGSPON que permite velocidades até maiores e com simultaneidade de downloads e uploads."
<b>Covid-19</b>
O fim da pandemia do novo coronavírus e do isolamento social não deve reduzir o ritmo de expansão da fibra ótica da Oi, na avaliação de Bernardo Winik. "O hábito das pessoas mudou, muitas empresas vão manter o home office, e a penetração da banda larga no País nos dá tranquilidade para falar que o ritmo vai se manter", disse, em coletiva de imprensa. "O cliente está cada vez mais demandando um produto de alta qualidade. A exigência e a evolução tecnológica que a fibra ótica dá tornam essa expansão bem factível para 2021", comentou, destacando que o produto da Oi é diferenciado por tratar de toda a infraestrutura de fibra ótica. "Outros provedores têm extrema dificuldade para a implementação, não basta ter a tecnologia, tem que garantir fluidez para o tráfego."