Quase três meses depois de ter sido submetido a um delicado transplante de pulmão, o tricampeão mundial de Fórmula 1 Niki Lauda ganhou alta nesta quarta-feira do hospital no qual estava internado, em Viena, na Áustria. O ex-piloto austríaco de 69 anos havia sido operado no dia 2 de agosto, após ter ficado em estado grave em decorrência de uma infecção severa que provocou uma séria doença pulmonar.
Por meio de um comunicado, o Hospital Geral de Viena informou que Lauda agora passará por “um forte programa intensivo de recuperação médica de várias semanas”, assim como revelou que o paciente seguirá tendo a sua condição monitorada pela equipe de cirurgiões que realizaram a operação, feita em caráter de urgência naquela ocasião.
O comunicado também confirmou que o atual diretor da equipe Mercedes na Fórmula 1 deixou o hospital possuindo “um bom estado geral” de saúde, depois de ter sido internado no início de agosto em uma condição descrita pelos médicos como “extremamente crítica”.
Após ser operado, o campeão de F-1 em 1975, 1977 e 1984 ficou internado em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Geral de Viena, mas também conseguiu ter uma rápida recuperação, pois, 24 horas depois da cirurgia, já respirava sem ajuda de aparelhos e com todos os seus órgãos funcionando bem.
Esta alta que Lauda ganhou do hospital nesta quarta-feira é apenas mais um capítulo vencedor da história de superação do tricampeão do mundo, que tem condições respiratórias delicadas desde 1976, quando sobreviveu a um gravíssimo acidente no GP da Alemanha de Fórmula 1.
Naquela ocasião, a sua Ferrari pegou fogo e ele passou quase um minuto preso dentro do carro pelas chamas. Internado durante seis semanas em um hospital, o austríaco ainda voltaria a correr na mesma temporada de 1976 da categoria, mas perderia o título por apenas um ponto para o inglês James Hunt, então o seu principal rival como piloto da McLaren. A história daquele campeonato inspirou o filme Rush, lançado em 2013.
Lauda foi apontado como presidente não-executivo da Mercedes na F-1 em 2012 e participou do processo de contratação de Lewis Hamilton, que ao final de 2011 deixou a McLaren para defender a equipe com a qual ganhou os títulos mundiais de 2014, 2015 e 2017 antes de se ver muito próximo de assegurar a conquista de mais um campeonato na reta final da temporada deste ano – o britânico precisa apenas de um sétimo lugar no GP do México, no próximo domingo, para se sagrar pentacampeão da categoria.