A Conmebol pediu para a Fifa considerar a possibilidade de ampliar o número de seleções participantes na Copa do Mundo para 48 já a partir do torneio de 2022, no Catar. No ano passado, a entidade máxima do futebol ampliou o Mundial de 32 para 48 equipes, mas apenas a partir da edição de 2026.
Para os sul-americanos, a expansão representaria ter praticamente todos seus países classificados ao Mundial. Pelos planos da Fifa, sete vagas seriam dadas para a Conmebol em uma Copa expandida. Assim, na região, apenas três seleções participantes das Eliminatórias ficariam de fora.
A carta, segundo o Estado apurou, vem com um pedido explícito para que sete vagas sejam dadas para a América do Sul no Catar.
Dentro da Fifa, muitos veem com ceticismo a possibilidade. Isso por conta de todo o plano ter sido desenhado para 64 jogos e 32 delegações no Mundial do Catar. Ao adicionar 16 seleções, todos seus jornalistas e torcedores, a estrutura necessária teria de sofrer um importante salto.
No total, uma Copa com 48 seleções teria mais de 80 partidas e exigiria novos hotéis, campos de treinamento e estrutura. Para complicar, o torneio de 2022 ocorrerá na menor sede da história de um Mundial.
Mas, nos últimos meses, as relações entre o Catar e a Conmebol foram incrementadas, com frequentes reuniões e interesses comerciais. Para a Copa América de 2019 no Brasil, por exemplo, o time árabe será um “convidado especial” da competição.
Para a Fifa, a primeira experiência com 48 times deveria ocorrer em 2026. Em junho, a entidade escolherá a sede e abriu a brecha para que, e forma inédita, toda uma região possa realizar o evento.
Por isso, México, Canadá e Estados Unidos se uniram para apresentar um projeto comum. Para isso, porém, precisarão de 12 sedes, contra apenas oito estádio no Catar. No caso da Copa de 2026, o Marrocos também concorre. Mas é justamente a dificuldade em receber 48 seleções que coloca o pleito do país do Norte da África em uma situação de debilidade.