Os principais contratos de juros futuros terminaram a segunda-feira, 6, com taxas estáveis, sendo que os vencimentos longos tinham viés de baixa. A liquidez foi bastante reduzida nesta sessão, diante da agenda fraca de indicadores e eventos aqui e no exterior e do noticiário sem destaques. O dólar em queda na maior parte do dia e o recuo no rendimento dos Treasuries ajudaram no comportamento de baixa dos juros longos.
No fechamento da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 estava em 10,820%, a mesma do ajuste da sexta-feira. O DI janeiro de 2019 fechou com taxa de 10,23%, de 10,24% no último ajuste, e a taxa do DI janeiro de 2021 caiu de 10,45% para 10,47%.
Foi um dia de sessão fraca, mas o investidor segue apostando na melhora dos fundamentos da economia, o que explica o alívio da parte longa da curva. Nesta segunda, por exemplo, a Vale anunciou captação externa, tendo arrematado, segundo fontes, US$ 1 bilhão em bônus para 2026, reforçando a expectativa da entrada de recursos e, com isso, de queda da inflação. Na pesquisa Focus, a mediana das projeções de IPCA para este ano recuou de 4,70% para 4,64%, mas a mediana para 2018 permaneceu em 4,5%.
O dólar esteve em baixa ao longo do dia, mas zerou as perdas ante o real na última hora. De acordo com operadores ouvidos pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a pressão vem do exterior diante da cautela com propostas protecionistas na Europa, como a da candidata à presidência francesa Marine Le Pen, e do presidente dos EUA, Donald Trump. Além disso, o petróleo ampliou o recuo, caindo 1,53%, a US$ 55,93 o barril para abril, em Londres. Às 16h24, o dólar à vista mostrava estabilidade em R$ 3,1246.
No exterior, a T-Note de dez anos projetava 2,415%, de 2,476%, refletindo certa cautela com as futuras medidas do governo Trump, e o dado de salário divulgado do relatório de emprego na sexta-feira, que mostrou crescimento abaixo do esperado.