Os juros futuros recuam desde cedo em sintonia com o dólar e precificando a percepção de manutenção do ritmo de relaxamento monetário de 1 ponto porcentual da Selic na reunião de 25 e 26 de julho, após a confirmação da deflação de 0,23% do IPCA, maior do que a projeção mediana do mercado (-0,18%). Esta é a primeira deflação mensal do indicador em 11 anos.
Na noite desta quinta-feira, 6, em entrevista à Globo News, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que ou se reduz um pouco o ritmo por causa das incertezas em relação às reformas ou se mantém em função do quadro econômico, com a inflação caindo e a atividade se recuperando gradualmente.
De acordo com um operador de renda fixa, os investidores também estão mais otimistas com a possibilidade de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir a Presidência da República caso Michel Temer seja afastado.
Às 10h04 desta sexta-feira, 7, o DI para janeiro de 2018 estava em 8,770%, de 8,800% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2019 caía a 8,72%, de 8,74%. Já o vencimento para janeiro de 2021 estava em 9,95%, de 9,96% no ajuste anterior. O dólar à vista recuava 0,34% neste horário, aos R$ 3,2884 e o dólar para agosto caía 0,35%, aos R$ 3,3050.
Mais cedo, o mercado monitorou a queda de 0,96% do IGP-DI em junho, após o recuo de 0,51% em maio, abaixo do intervalo das projeções do Projeções Broadcast, que estimavam uma queda entre 0,90% a 0,42%, com mediana negativa de 0,70%.