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Temporais voltam a castigar o RS com chuva forte e granizo

A chuva e o granizo voltaram fortes ao Rio Grande do Sul na noite desta quarta-feira, 21. O Estado, que ainda contabiliza os prejuízos causados pelas tempestades e enchentes dos últimos 15 dias, continua em alerta. Há previsão de instabilidade e queda de pedras de gelo ainda nos próximos dias.

A região metropolitana de Porto Alegre sofreu com a chuva e o vento fortes entre a noite passada e a madrugada desta quinta-feira, 22. Choveu na cidade em apenas quatro horas metade da média histórica para todo o mês.

Conforme a empresa de meteorologia MetSul, foram registrados volumes de chuva extremamente altos em curto período. “A média histórica de chuva de outubro inteiro é de 114 mm. O maior acumulado de chuva em 24 horas em outubro na série de 1961 a 1990 foi de 74 mm em 1982, o que evidencia como foi excepcional a chuva em curto período ontem (21).”

Ainda são registrados acúmulos de água em diversos pontos. A rodoviária da capital ficou novamente alagada. O Trensurb, o metrô de superfície que liga a capital a cinco cidades, teve o seu funcionamento parcialmente interrompido por causa do alagamento de três estações em Porto Alegre. O serviço já retornou ao normal.

Interior

Mas foi no interior gaúcho que foram registrados os maiores estragos. Em Santiago, na região central, o granizo caiu em pedras do tamanho de bolas de tênis, o que causou muito estrago. Segundo a Defesa Civil Municipal, são cerca de 1,2 mil residências, prédios comerciais e públicos com algum dano. A serra e a região norte também registraram estragos.

Conforme dados da Defesa Civil Estadual, ainda do fim da tarde desta quarta-feira, havia subido para 119 o número de municípios atingidos pelas intempéries desde a primeira semana de outubro. Ao todo, 27 cidades estão com a situação de emergência homologada pelo governo do Estado.

Nesta quinta-feira, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), participa de um encontro, no Palácio do Planalto, com a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele pretende aproveitar a ocasião para apresentar um relatório informando o prejuízo de cerca de R$ 60 milhões por causa das chuvas na capital gaúcha, especialmente pela cheia do Rio Guaíba – que ainda deixa centenas de famílias fora de casa.

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