A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu nesta terça-feira (23) a redução da dependência no bloco de matérias-primas importadas do exterior, sobretudo da China. Em discurso durante abertura de um evento para a indústria europeia, a política alemã afirmou que é preciso "diversificar as cadeias produtivas" e apostar em recursos renováveis.
Como exemplo, Von der Leyen destacou a produção das vacinas contra a covid-19, que depende exclusivamente de duas moléculas fabricadas em outros países. Ela também ressaltou o setor de tecnologias verdes. "Importamos lítio para carros elétricos, platina para produzir hidrogênio limpo, metal de silício para painéis solares. 98% dos elementos de terras raras que precisamos vêm de um único fornecedor: a China", afirmou.
Para solucionar esse gargalo, Von der Leyen revelou que a UE trabalha na implementação da Aliança Europeia de Matérias-primas. "Nossa Estratégia ainda foi projetada para garantir que a indústria possa liderar a transição verde e digital", salientou.
A líder do órgão executivo também comentou a intenção de reformar o mecanismo de mercado único do bloco. Entre as propostas, ela advogou pela retirada de todas as restrições a itens essenciais. "O mercado único torna a Europa forte. Então devemos preservá-lo e fazê-lo funcionar, em todas as circunstâncias, especialmente quando mais precisamos", argumentou.