A Copersucar, uma das principais exportadoras brasileiras de açúcar e etanol, e a Cargill, multinacional ligada ao setor de alimentos, defendem a renovação do contrato de concessão da Malha Paulista, atualmente sob administração da Rumo. Ambas são usuárias da via, cujo contrato original expira em 2028 – caso a renovação seja aprovada, ele será prorrogado por mais 30 anos.
“Desde a fusão da Rumo com a ALL, houve uma melhora significativa no atendimento aos contratos de transporte ferroviário”, disse o gerente-executivo de Logística da Copersucar, Pedro Paranhos, durante participação em audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para debater a renovação antecipada da Malha Paulista.
“O que se discute não é a prorrogação da antiga ALL”, disse Paranhos. “Hoje, a Rumo traz uma visão de longo prazo que não existia no controlador antigo”.
Já o gerente de logística da Cargill, Altamir Olivo, classificou como “louvável” a prorrogação associada aos investimentos. “Teremos custos menores e mais dinheiro ficará com as usinas e produtores, que irão investir”, afirmou.
Segundo o executivo da Cargill, o Brasil precisa aumentar os investimentos nos setores ferroviário e hidroviário para acompanhar o desenvolvimento da produtividade agrícola e permitir que o escoamento da produção ocorra de maneira eficaz. “Os trens precisam aumentar sua capacidade, os navios também. Não podemos perder tempo.”