O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que, se a presidente Dilma Rousseff tentar ceder à tentação de “violentar o País”, terá de se lembrar que há 51 milhões de brasileiros que não aceitam ser violentados. O número corresponde à votação que o candidato derrotado do PSDB à Presidência, Aécio Neves, teve na corrida ao Palácio do Planalto no segundo turno.
Um dos principais quadros do PSDB e ex-líder do partido no Senado, Virgílio disse ter ficado “impressionado” com a capacidade de agregar de Aécio Neves. Para ele, o tucano conseguiu reunir setores que falavam individualmente ou que antes estavam até emudecidos. “O suposto derrotado é celebrado todos os dias e a suposta vencedora se enclausura num mausoléu”, afirmou o prefeito, em ato na Câmara dos Deputados que reúne Aécio juntamente com parlamentares e representantes do PSDB e de partidos de oposição e aliados.
Virgílio disse, sem citar a presidente reeleita Dilma Rousseff, que só tem uma pessoa no País que já passou o Réveillon e já vive o mês de janeiro. “Eu vivo o mês de novembro e vou viver imensamente o mês de dezembro e ela já está em janeiro e não sabe”, criticou. Para o prefeito, Dilma brincou com o câmbio e com a gasolina. Ele disse que o aumento de juros – que subiu para 11,25% dois dias após o segundo turno – era necessário porque houve erros na condução da política cambial e que o aumento da gasolina estava sendo “represado” por motivos eleitorais. Mais cedo, em entrevista ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, Virgílio defendeu o nome de Aécio como “candidato natural” do PSDB para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018.