O empresário de Elza Soares, Pedro Loureiro, disse que a cantora ensinou o Brasil a amar. "Elza amou. Ela ensinou este País a amar. Ela insistiu que a gente poderia amar. E este País demorou muito a reconhecer Elza Soares. Foram muitos anos para reconhecer Elza Soares. Ela ia fazer 70 anos de carreira e só nos últimos seis anos chegou ao apogeu que merecia. A gente não sabe ser País ainda. A gente ainda não sabe valorizar os nossos ídolos. A gente tem que aprender muito. Elza Soares nos deixou este legado. Ela nos ensinou a ser gente. Ela nos ensinou que, quando a gente descia no aeroporto e vinha um vendedor de bala e queria um beijo dela, ela o beijava como beijava o bam-bam-bam de qualquer lugar."
<b>Mocidade faz homenagem</b>
Integrantes da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel prestaram uma homenagem à cantora Elza Soares, durante o seu velório, na manhã desta sexta-feira, 21, no Teatro Municipal do Rio. Vestidos a caráter, eles estenderam uma bandeira da escola sobre o caixão da cantora e ofereceram à artista uma longa salva de palmas.
Durante toda a vida Elza foi ligada à escola. De 1973 a 1977 foi intérprete da Mocidade. Em 1974, gravou "Salve a Mocidade", que se tornou um grande sucesso. No carnaval de 2010, Elza foi madrinha de bateria da escola. Finalmente, em 2020, foi homenageada em enredo.
<b>Velório</b>
O velório da artista ocorre no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Começou às 8h desta sexta-feira e foi aberto ao público às 10h. O corpo de Elza ficará no hall do teatro até as 14h, quando seguirá em carro aberto do Corpo de Bombeiros até o cemitério de Jardim Sulacap, na zona oeste da capital. Será enterrado no local às 16h, depois de uma última homenagem fechada ao público. Elza Soares morreu nesta quinta-feira, 20, aos 91 anos, em sua casa no Rio de Janeiro.