A alta de 3,13% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em março foi decorrente de avanços em 16 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mês de março, as cinco maiores elevações de preços ocorreram em refino de petróleo e biocombustíveis (10,84%), indústrias extrativas (10,69%), outros produtos químicos (5,75%), impressão (3,15%) e alimentos (3,01%).
"Quando aumenta o preço do barril (de petróleo), aumenta o preço dos derivados", justificou o gerente do IPP, Manuel Campos, em nota oficial. "Além disso, também aumentam os preços nas indústrias extrativas, pois o óleo bruto de petróleo é uma commodity com preço cotado no mercado internacional", completou.
O setor de refino de petróleo e biocombustíveis foi o que mais pesou na inflação da indústria em abril, com contribuição de 1,23 ponto porcentual, seguido por alimentos (0,71 ponto porcentual), indústrias extrativas (0,61 ponto porcentual) e outros produtos químicos (0,57 ponto porcentual).
No setor de outros produtos químicos, houve impacto da alta de custos de matérias-primas, especialmente nos produtos ligados a adubos e herbicidas, responsáveis por mais de 90% do aumento do setor, explicou Campos. Em alimentos, houve pressão das carnes de aves, resíduos de soja e leite.
Na direção oposta, a queda mais intensa entre as atividades investigadas no IPP ocorreu em calçados e produtos de couro (-3,28%).