A alta de 0,12% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em abril foi decorrente de avanços disseminados. Houve aumentos de preços em 20 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria de alimentos – setor de maior peso no cálculo do IPP (25,61%) – puxou a elevação dos preços ao produtor em abril. Os preços do setor avançaram 2,09% em abril, terceiro resultado positivo consecutivo. Com esse resultado, o acumulado no ano foi para 6,51%, a maior alta já observada para um mês de abril.
Em termos de influência, o setor alimentos teve impacto de 0,50 ponto porcentual sobre o IPP. Metalurgia (0,28 ponto porcentual) e outros produtos químicos (0,17 ponto porcentual) também tiveram efeito positivo na alta do índice.
Do lado negativo, o destaque foi para o refino de petróleo e produtos de álcool. Acompanhando a queda dos preços internacionais do petróleo, a atividade industrial registrou queda de 20,99% no IPP, uma influência de -1,87 ponto porcentual. Em março o setor já havia tido queda (-9,63%) no indicador, assim como em fevereiro (-6,34%), acumulando um recuo de 33,12% em três meses, mais intenso que o acumulado no ano (-32,68%).