Nas visitas a campo pelo Programa de Monitoramento da Biodiversidade para levantamento da fauna silvestre na área de Guarulhos do Parque Estadual do Itaberaba, a equipe técnica do Zoológico Municipal registrou a ocorrência na quarta-feira (22) de uma garça-real (Pilherodius pileatus), ave cujos registros são raros apesar de sua ampla distribuição territorial, sendo uma espécie considerada incomum e de ocorrência pouco frequente na cidade.
A garça-real é uma das aves incluídas na última edição da lista da fauna do município, que conta com mais de 400 espécies de aves, além das 85 de mamíferos e de 74 répteis, dentre outras encontradas em Guarulhos.
A ave, que mede cerca de 50 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente 500 gramas, alimenta-se principalmente de peixes e caça também sapos, rãs, girinos, crustáceos, insetos aquáticos e suas larvas. Constrói ninho em árvores a pouca altura, com gravetos secos às margens florestadas de rios e lagos e áreas pantanosas, dependendo por tal motivo da preservação do ambiente florestal e dos corpos hídricos para sua sobrevivência.
Outras espécies
Durante os mais de 85 km de trilhas já percorridas pela equipe do zoológico em 32 campanhas de monitoramento realizadas desde abril, também foram registradas as presenças de outras espécies de aves, incluindo o gavião-tesoura (Elanoides forficatus), ave migratória que durante a primavera desloca-se para a região sul do país para se reproduzir e retorna na época de inverno para a região amazônica. Também foi registrada pela primeira vez na cidade a ocorrência do assanhadinho-de-cauda-preta (Myiobius atricaudus), ave que não havia sido observada na região do continuum Cantareira-Itaberaba.
O estudo é fundamental para estabelecer medidas a serem tomadas para a conservação das espécies da fauna e da flora da região, ampliar o conhecimento sobre as riquezas naturais de Guarulhos e tornar esse conhecimento disponível para os cidadãos. Conforme o cronograma proposto pelo Parque Estadual do Itaberaba, o estudo na cidade deve ocorrer até dezembro, com possibilidade de extensão do prazo para que seja possível monitorar também outros grupos de animais silvestres.