Mais brasileiros buscaram empréstimos durante a pandemia, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos 68,7 milhões de domicílios no País, em cerca de 5,4 milhões (7,9%) algum morador solicitou um empréstimo em setembro. Em 4,6 milhões deles (85,2% dos que pediram) a solicitação foi atendida, mas 805 mil não tiveram o empréstimo concedido.
Em agosto, 4,9 milhões de domicílios tinham algum morador que solicitou empréstimo, sendo que 84,8% deles conseguiram o crédito.
"É cumulativo", ponderou Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Segundo ela, a pesquisa pergunta se algum morador pediu algum empréstimo ao longo de toda a pandemia. Portanto, o resultado não quer dizer que as pessoas estejam pedindo mais empréstimos, o aumento seria natural, porque o período de referência da solicitação de crédito é estendido com o passar dos meses.
"A gente não pergunta, mas ele pode ter sido um empréstimo para pagar contas pessoais ou para que as pessoas pudessem investir em alguma coisa para retornar ao mercado de trabalho", acrescentou Maria Lucia.
A Região Centro-Oeste teve a maior recusa de empréstimos, alcançando 18,8% dos domicílios em que alguém fez a solicitação. O Centro-Oeste também teve a maior procura por empréstimos (8,9%).
Até setembro, 75,9% dos pedidos de empréstimo foram feitos a bancos ou instituições financeiras, enquanto os demais 23,5% foram pedidos a parentes ou amigos.