Há mais de um ano, policias militares em Guarulhos contam com a última tecnologia em armamento para combater a criminalidade. Trata-se da Taser M26, uma arma não letal de fabricação americana, e que está presente nos três batalhões da Polícia Militar em Guarulhos. A arma funciona por ação de gás comprimido que dispara dardos energizados com ação direta sobre o sistema nervoso sensorial e sistema nervoso motor do individuo.
A pessoa atingida recebe uma descarga de 50 mil volts e fica completamente paralisada por alguns segundos. "O uso da Taser é uma alternativa não letal no combate aos agressores. Quando possível, sempre será usada para evitar o uso de armas de fogo", explicou o capitão Davi Tenório, um dos instrutores do uso da arma americana no Comando de Policiamento de Área em Guarulhos (CPA-M7).
Com um alcance de disparo entre cinco e 12 metros, a "arma de choque", como é conhecida, é mais frequentemente usada nos patrulhamentos da Força Tática, escolta de presos, revista em estabelecimentos prisionais e policiamento ostensivo. "Fizemos uma abordagem a um sujeito armado com faca que, quando viu a arma, reconheceu que era a de choque e se entregou", disse o capitão.
Equipamento facilita operações especiais
Em caso do bandido estar com um refém junto ao corpo, o capitão Tenório disse também que a corrente elétrica dissipada pela arma não é sentida pela vítima. Isso proporciona um melhor ação da Polícia, segundo ele. "Dois dardos são disparados no agressor. Esses dardos fecham uma corrente elétrica e, a vítima, não sente o choque", esclareceu.
Seis armas Taser equipam atualmente a Polícia Militar em Guarulhos e, somente um policial habilitado pode manuseá-la. "Policiais de qualquer patente podem se habilitar para uso da arma, desde que passem pelo curso do armamento. O curso é rápido; um dia, e após isso o policial pode usar o armamento.
No entanto, mesmo não sendo uma arma letal, capitão David explicou que todas as técnicas de abrodagem são usadas antes do disparo da arma. "Não é porque é uma arma não letal que os policiais irão sair atirando indiscriminadamente. A arma será usada apenas em caso de pessoas que estiverem oferecendo risco iminente ao público, aos policiais ou a si mesmas", concluiu o capitão.