Na expectativa para o Dia dos Namorados, em 12 de junho, a maioria dos empresários está pessimista em relação às vendas da data, aponta pesquisa realizada pela Boa Vista. De acordo com o levantamento, 54% acreditam que o desempenho será pior do que o verificado no Dia das Mães.
Apesar do pessimismo, a projeção para este ano, em comparação com a do mesmo período de 2020, é melhor, já que naquela ocasião apenas 30% esperavam incrementos nas receitas no Dia dos Namorados, em relação ao Dia das Mães.
Mesmo assim, apenas 20% dos empresários afirmam que irão fazer investimentos buscando impulsionar as vendas, tendo como foco a criação de novas promoções (opção apontada por 45% deste grupo), o estímulo do consumo nas redes sociais (44%) e a criação de um canal de e-commerce (25%). Para 64% do grupo, a expectativa é que os consumidores façam a maior parte das compras fisicamente, e não de forma online.
Na opinião dos empresários ouvidos, o setor de alimentos e bebidas é o que irá registrar maior volume de vendas no Dia dos Namorados. O setor foi apontado por 25% dos entrevistados, seguido por varejo de itens de uso pessoal (21%), lazer (17%) e eletrônicos (15%).
De acordo com 48% dos empresários consultados, os consumidores devem gastar até R$ 100 por presente, outros 35% acreditam que gastarão entre R$ 100 e R$ 200, e 17% supõem que os valores sejam maiores do que R$ 200.
A percepção do empresariado é de que haverá uma retração dos gastos pelos consumidores na data. Segundo a pesquisa, 67% dos empresários acreditam que as pessoas irão manter ou diminuir o nível de consumo em relação a outros momentos do ano. Em 2020, porém, esse fator era apontado por 86%.
Para Flavio Calife, economista da Boa Vista, ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano tenha mostrado avanço de 1,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, os impactos da crise na confiança de empresários e consumidores prevalecem.
"Até porque os efeitos dessa elevação no indicador ainda não foram percebidos em diversos setores e, principalmente, nas classes de menor renda", pontua o economista.