Estadão

5G: Cobertura nas cidades que já têm a tecnologia supera as previsões

A disseminação da cobertura da internet móvel de quinta geração (5G) está evoluindo mais rapidamente do que o esperado pelas autoridades. O sinal já começou a ser ativado em cinco capitais e, em todos os locais, as operadoras instalaram mais antenas do que o exigido pelas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O balanço foi feito na última quinta-feira pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, durante o Seminário 5G.BR, organizado pela própria pasta para divulgar os resultados positivos para uma plateia formada por empresários do setor de telecomunicações em um hotel na Zona Sul de São Paulo. "As operadoras estão indo muito além (na instalação de antenas) do que foi obrigatório no leilão das frequências", ressaltou o ministro, em entrevista coletiva à imprensa.

O maior exemplo é a cidade de São Paulo, que deveria receber em torno de 370 antenas até o fim deste ano, mas já tem 1,5 mil pontos instalados ou em fase de instalação. "Para cobrir São Paulo inteira serão necessárias 3,2 mil antenas. Então, só neste ano teremos metade de São Paulo conectada", destacou.

Situação semelhante é vista nas outras capitais onde o 5G já começou a ser ativado, de acordo com balanço apresentado pelo ministro Fábio Faria. Em Brasília, a meta era de 93 antenas, mas o número já chegou a 333. Em Belo Horizonte, já são 158 antenas, enquanto o mínimo eram 78. Em Porto Alegre, são 111 ante 45. E em João Pessoa, 51 ante 27.

"A difusão do 5G no Brasil, através do esforço dos operadores, tem sido acima da expectativa", disse o presidente da Claro Brasil, José Félix, que também participou do evento. "Isso faz crer que vai se atingir todas as metas (de cobertura) antes de 2029 se seguir nesse ritmo, que eu espero que aconteça", completou, referindo-se ao cronograma da Anatel para ativação das antenas, que começa pelas capitais e se estende pelo interior.

EQUIPAMENTOS. Com a cobertura crescendo rapidamente, as vendas de equipamentos de rede para o 5G tendem a ultrapassar as encomendas para o 4G no Brasil a partir do ano que vem. A estimativa é do presidente da Ericsson na América Latina, Rodrigo Diestmman. "Estamos preparados para vender mais 5G do que 4G a partir de 2023. Hoje, o 5G já representa 25% das nossas vendas", afirmou o executivo. A Ericsson tem contratos com Vivo, TIM e Claro. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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