O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) vão dividir o palanque da celebração do 7 de setembro na capital paulista. A previsão é que a cerimônia siga o protocolo, para resgatar o espírito cívico da data e evitar um caráter político.
O evento em São Paulo está previsto para começar às 8 horas, no Sambódromo do Anhembi. Será gratuito, com limite de participação de até 30 mil pessoas nas arquibancadas.
A cerimônia do Dia da Independência começará com o hasteamento da bandeira e com a revista às tropas por Tarcísio, Nunes e oficiais-generais das Forças Armadas na Avenida Olavo Fontoura. Em seguida, as autoridades vão compor palanque da comemoração.
Tarcísio e Nunes não pretendem realizar discursos, mesma linha que será adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília. O petista não deverá comparecer ao desfile em São Paulo. Após o evento na capital federal, embarcará para a Índia, onde participará da reunião do G-20 na próxima semana.
No ano passado, na campanha pelo governo paulista, Tarcísio esteve no desfile do 7 de Setembro. Ao lado de outros candidatos aliados de Jair Bolsonaro (PL), ele citou os bandeirantes e elogiou o então presidente – que não participou do evento em São Paulo.
Em 2021, Bolsonaro participou da comemoração na cidade. No discurso, criticou medidas de prevenção propostas por governadores e prefeitos para conter a contaminação de covid-19, defendeu o voto impresso e alfinetou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Ou esse ministro se enquadra ou ele pede pra sair." O magistrado também foi chamado de "canalha" pelo ex-chefe do Executivo.
O discurso de Bolsonaro lhe rendeu críticas e, após dois dias, ele recuou. Em nota elaborada com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, afirmou que as declarações foram feitas no "calor do momento" e que não teve "nenhuma intenção e agredir quaisquer dos Poderes".
Nesta quinta-feira, o ex-presidente deverá permanecer em Brasília, segundo o ex-secretário de Comunicação e advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten.
<b>Leia a programação do 7 de Setembro em São Paulo</b>
O desfile cívico-militar está previsto para começar às 9h15. A apresentação será feita por entidades civis, alunos das redes municipal e estadual, associações de caráter militar e escolas militares.
A organização é realizada pelo governo do Estado e pela Prefeitura de São Paulo, em parceria com a Marinha, Exército, Força Aérea Brasileira, forças de segurança estadual e municipal e outras entidades.
– 8h: Hasteamento da bandeira
– 8h30: Revista da tropa por governador do Estado, prefeito e oficiais-generais das Forças Armadas
– 8h35: Recepção ao governador no palanque
– 9h15: Desfile cívico-militar
– 12h20: Apresentação do comandante – desfile militar (encerramento)
<b>Abertura dos portões</b>
Os portões do Sambódromo serão abertos ao público às 7h e darão acesso a todos os setores de arquibancadas, de A à J – com exceção do I. As entradas das arquibancadas serão fechadas assim que a capacidade do local atingir 30 mil pessoas, o limite. Haverá revista em todos os portões de acesso ao público feita pela Polícia Militar.
<b>Segurança</b>
Não será permitida a entrada com objetos perfurantes, cortantes, bandeiras, faixas ofensivas, com suporte de madeira ou quaisquer outros materiais que possam ser usados como arma (por exemplo, guarda-chuvas com ponta, latas e garrafas). A recomendação é que as pessoas levem capa de chuva.
<b>Trânsito</b>
Por conta de uma operação especial para trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o acesso na região do Sambódromo do Anhembi estará bloqueado, das 6h às 14h, na Av. Olavo Fontoura e na Marginal Tietê, pista local sentido Ayrton Senna-Castelo Branco, entre as pontes das Bandeiras e da Casa Verde. Apenas veículos credenciados e autorizados poderão utilizar a via.