Variedades

9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos começa nesta quarta-feira (4)

A Prefeitura de Guarulhos, por intermédio da Secretaria de Cultura, participa da 9ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul, trazendo filmes seguidos de debates com enfoque em temas relacionados ao exercício dos direitos humanos e sua defesa, tais como cultura cigana, deficiência, questões agrárias, trabalho, violência, repressão e o papel político da mulher. A entrada é gratuita e as sessões acontecem nos dias 4, 11, 18 e 25 de março, no Teatro Adamastor Centro e na Biblioteca Monteiro Lobato.
 
 
Programação
 
Teatro Adamastor – 4 de março (quarta-feira)
19h
 
– Sophia (Direção: Kennel Rógis)
 
O filme é um retrato sensorial de uma criança com deficiência auditiva. Ao retratar a busca da mãe de Sophia para entender o mundo sem sons da filha, os espectadores são levados a participar de uma experiência fílmica que busca representar, por meio de um trabalho de som minucioso, como é o mundo para aqueles que não conseguem perceber seus sons e ruídos. Filmado na cidade de Coremas (PB), o curta tem o objetivo de fazer com que as pessoas percebam a vida por uma nova perspectiva, no lugar do outro.
 
 
– A Vizinhança do Tigre (Direção:Affonso Uchoa)
 
Em um processo intenso de quase cinco anos de filmagem, este filme acompanha a vida de jovens moradores do Bairro Nacional em Contagem (MG) e suas relações com o bairro, o trabalho e a violência. Apropriando-se da linguagem ficcional, o filme propõe um olhar íntimo sobre a vida na periferia, apostando em uma abordagem que se aproxima das vidas de seus personagens e se constrói a partir dessa relação.
Em A vizinhança do Tigre, o lugar à voz do outro concede espaço para que os próprios personagens sejam também diretores e protagonistas da criação, numa experiência onde vida e cinema estão imantados.
 
 
Teatro Adamastor – 11 de março (quarta-feira)
19h
 
– Pelas Janelas (Direção: Carol Perdigão, Guilherme Farkas, Sofia Maldonado e Will Domingos)
 
Pelas Janelas, um documentário de realização coletiva, compõe um mosaico da relação cinema e educação a partir da experiência de quatro estudantes de cinema no acompanhamento das atividades do projeto Inventar com a Diferença – Cinema e Direitos Humanos. Revelando a multiplicidade de questões ligadas à escola e aos sujeitos que a compõem – professores, mediadores e alunos-, nos indagamos sobre o que pode o cinema como invenção.
 
– Rio Cigano (Direção: Júlia Zakia)
 
Foram necessários dez anos de pesquisa de campo convivendo com famílias de ciganos espalhadas pelo Brasil para que Julia Zakia conseguisse realizar Rio Cigano. Todo esse trabalho é percebido no filme através da forma como a cultura cigana se vê representada, em toda a sua complexidade. De originalidade incomum dentro da cinematografia brasileira recente, Rio Cigano é uma rica fábula sobre as histórias fantásticas dos ciganos.
 
 
Biblioteca Monteiro Lobato – 18 de março (quarta-feira)
19h
 
– Cabra Marcado para Morrer (Direção: Eduardo Coutinho)
 
Em 1964, Eduardo Coutinho junto ao CP da UNE inicia um filme sobre a vida do líder da Liga Camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira. Cabra Marcado para Morrer contaria a história desse homem através de uma reconstituição ficcional dos eventos que culminaram em sua morte. As filmagens são interrompidas em função de perseguição do regime e retomadas no contexto de reabertura política, 20 anos depois, resultando em um filme tão suscetível aos acontecimentos do país quanto seus próprios personagens. Além de um retrato da repressão e das questões agrárias, Cabra Marcado para Morrer é também uma reflexão sobre fazer cinema.
 
Teatro Adamastor – 25 de março (quarta-feira)
19h
 
– Que bom te ver viva (Direção: Lúcia Murat)
 
“Que bom te ver viva” aborda a temática da ditadura no Brasil a partir de um procedimento cinematográfico que mistura documentário e ficção. O filme apresenta depoimentos de oito mulheres, todas ex-presas políticas e torturadas, que sofreram as consequências da luta contra o regime militar. 
A nona personagem, fortemente autobiográfica, é representada pela atriz Irene Ravache, encarnando a própria diretora, também vítima da repressão. O filme, além de fundamental ainda hoje por colocar em pauta a questão da história recente do país, é também definitivo por ter sido realizado por uma mulher, para as mulheres, com as mulheres.
 
 
Serviço:
 
O Teatro Adamastor fica na avenida Monteiro Lobato, 734 – Macedo. 
 
A Biblioteca Monteiro Lobato fica na rua João Gonçalves, 439 – Centro.
 

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