Cidades

Implantação de lockdown em SP depende da adesão de cidades vizinhas, como Guarulhos

Na Capital, bloqueio de ruas e rodízio, implantados pelo prefeito Bruno Covas, não surtiram efeito positivo no isolamento social

A possibilidade da implantação do lockdown – ou tranca-rua – em cidades com grande número de casos de Covid-19 e com o sistema de saúde em colapso está cada vez mais próxima na Região Metropolitana de São Paulo, hoje considerada o epicentro da doença no país. As estratégias utilizadas até aqui pela maioria dos municípios se mostram ineficazes.

Em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) não obteve êxito nem com o fechamento de grandes avenidas, nem com o rodízio mais rígido desde segunda-feira. Em Guarulhos, onde a conscientização é palavra de ordem, o isolamento social segue baixo, apesar de seguir praticamente as mesmas regras da Capital, com exceção do rodízio.

Neste sentido, Bruno Covas já discute com o Ministério Público Estadual como poderá ser implantado o lockdown na Capital, conforme revela a coluna da jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira. Procuradores se reuniram virtualmente com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, para discutir as medidas que imporiam restrições mais severas de circulação. O prefeito demonstrou que é impossível adotar o lockdown sem a adesão dos municípios vizinhos, já que há grande circulação dos moradores destas cidades, como Guarulhos, em São Paulo.

Desta forma, a implantação do lockdown na Capital passa necessariamente pela adesão de Guarulhos. No entanto, o prefeito Guti (PSD) ainda não admite a possibilidade, porém já informou mais de uma vez que tomará as decisões conforme as indicações de sua Secretaria Municipal de Saúde, já que mantém a linha do “Pacto pela vida”. Questionado sobre o tema nesta quarta-feira, Guti respondeu que “neste momento, a Prefeitura ainda não estuda a implantação de lockdown. No entanto, informa que as decisões dependem da evolução da doença no município, assim como da ocupação de leitos de UTI, e podem evoluir para outras ações”.

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