A Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria de Cultura, divulgou nesta segunda-feira (3) a quinta edição do relatório sobre o mapeamento cultural de trabalhadores da cultura e espaços culturais da cidade. O aumento de registros foi considerável na última quinzena de coleta de dados, passando de 411 para 605 trabalhadores e de 58 para 70 espaços culturais, situando esse mapeamento como o de maior alcance já realizado pela pasta de Cultura de Guarulhos.
Os arquivos, disponíveis para acesso no endereço www.guarulhos.sp.gov.br/mapeamentocultural, apresentam dados coletados no período de 27 de maio a 31 de julho e serão atualizados quinzenalmente com novas informações a partir da continuidade do mapeamento.
Os dados
A quinta edição do relatório contabilizou 605 registros de pessoas ligadas a 27 diferentes setores culturais. Música se consolidou como o setor mais representativo entre os trabalhadores culturais de Guarulhos, alcançando 26% dos registros, enquanto que cultura popular e teatro figuram na sequência, com 14% e 10%, respectivamente.
Pela primeira vez, dados sobre trabalhadores com idade entre 31 e 40 anos se aproximaram da representatividade registrada para aqueles que possuem entre 21 e 30 anos. Cresceu também a quantidade de trabalhadores que possuem entre três e dez anos de experiência, com cerca de 60% dos registros, enquanto que aproximadamente 20% possuem mais de vinte anos de atuação.
A proporção de trabalhadores sem emprego formal ativo alcança 81% e o número daqueles que recebem o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal caiu para 33%. Vale destacar que, embora o número de trabalhadores sem emprego formal seja alto, 90% declaram exercer atividade cultural profissionalmente.
A região do Taboão continua sendo a segunda mais representativa da cidade, com aproximadamente 20% dos trabalhadores, e cresceu a quantidade de registros de trabalhadores de outras cidades que preencheram o formulário do mapeamento de Guarulhos, chegando a 6%.
A classe artística continua figurando como a mais representativa, mas é importante registrar que 49% dos trabalhadores estão distribuídos em outras áreas de atuação, destacando-se a produção, que cresceu para 19%, e a formação, que se manteve com 9%.
O relatório de espaços culturais registrou 70 locais, dos quais apenas 22 são imóveis próprios. Desse total, 15% estão localizados na região dos Pimentas e a mesma quantidade é registrada na região da Vila Galvão. O Centro continua como a região com mais espaços culturais, com 37%.
O espaço com maior número de funcionários possui 60 trabalhadores, seguido por dois espaços com 30 funcionários e três com 25. Contudo, a maioria dos espaços possui o máximo de cinco funcionários. Trinta por cento dos espaços mobilizam indiretamente, em suas atividades mensais, entre 21 e 50 colaboradores.
Apenas 16% dos espaços registrados funcionam há mais de 20 anos. A atividade mais realizada nos espaços mapeados é formação, com 18%. As empresas de diversões e produção de espetáculos, com 9%, e os espaços de apresentação musical, com 9%, figuram na sequência.
Em 90% dos espaços o impacto da Covid-19 provocou demissões, redução de jornada de trabalho e/ou de salário ou realização de teletrabalho.
É importante reforçar que os dados podem ser atualizados sempre que o trabalhador ou gestor do espaço julgar pertinente.