Com a justificativa de economizar após os impactos da pandemia do coronavírus, o governador João Doria (PSDB) propôs um projeto de lei que pede a extinção de dez empresas públicas. Entre as afetadas, está a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), que transporta 1,8 milhão de passageiros diariamente na Região Metropolitana de São Paulo.
O texto de Doria pode deixar 5.600 pessoas sem emprego após as dificuldades enfrentadas com a quarentena. O governador quer que as atividades da EMTU sejam exercidas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que hoje é responsável pelos contratos de concessão de rodovias.
Para que a empresa de transporte deixe de existir, a proposta precisa ser aprovada na Assembleia. Entretanto, pelo menos nove propostas de emendas pedido o fim do trecho que solicita a exclusão da EMTU já foram apresentadas. Além dos empregos, a companhia fiscaliza e regulamenta o transporte em cinco Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo: São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e Vale do Paraíba e Litoral Norte. Ao todo, transportes de 134 municípios são controlados por ela.
Em Guarulhos, os ônibus controlados pela EMTU são essenciais para o trabalhador empregado na Capital. Há ônibus para diversos pontos de São Paulo. Por exemplo, dezenas de linhas ligam o município aos metrôs Penha e Armênia, que transportam milhares de usuários diariamente. Outros terminais também interligam as duas cidades pelo meio de locomoção.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, desautorizou cinco linhas que ligam Guarulhos à capital alegando “sobreposições”. Ou seja, outras rotas, na visão da administração, podem atender o passageiro. Apenas a 016, que liga o Cecap ao Metrô Armênia, recebeu autorização de retorno, para alívio dos usuários. As linhas 344 Guarulhos (Parque Alvorada), 575 Guarulhos (Terminal Urbano), 577 Guarulhos (Jardim Ipanema), 595 Guarulhos (Terminal Metropolitano Taboão) seguem desativadas por decisão de Covas.



