Cidades

Moradora do Marilena se revolta e protesta em cima de carro de aplicativo

"Eu vou sair aqui do terminal 3 e ir lá pra Guarulhos...ele não quer fazer essa corrida. Sabe por quê? Porque ele quer ir pra Pompeia, Cidade Jardins, Viracopos", acusou a mulher

“Eu vou sair aqui do terminal 3 e ir lá pra Guarulhos…ele não quer fazer essa corrida. Sabe por quê? Porque ele quer ir pra Pompeia, Cidade Jardins, Viracopos…Ele tá aqui, não sei há quantas horas, mas não quer fazer a minha corrida”. O desabafo é de uma mãe, ainda não identificada, que, ao ter uma corrida negada por motoristas de aplicativo, encontrou o veículo parado no estacionamento do aeroporto.

Ao avistar o carro que deveria levá-la de volta para casa, no Jardim Marilena, ela subiu no capô e iniciou uma série de acusações sobre os motoristas de aplicativo. “Ele me rejeitou duas vezes e quando a 99 foi fazer a corrida pra ele de novo, ele ficou 23 minutos esperando eu cancelar. Por que eu, como passageira, tenho que cancelar a corrida dos senhores motoristas?”, questionou.

“Porque os motoristas não querem fazer a corrida”, responde uma voz. Então, a mulher, continua: “Porque os senhores motoristas estão aqui no Gru esperando uma corrida para a Cidade Jardim, pra pegar uma madame. Só que eu estou com meu filho, por favor senhores, filma o meu filho, há 23 minutos esperando esse motorista aqui. Cadê você pra defender o seu carro, o seu patrimônio?” disse, ao dar tapas no vidro dianteiro do veículo.

O dono do carro não aparece e ela continua o desabafo: “Será que você é um pai de família pra deixar uma mãe 23 minutos esperando o Uber? Será que ele tá tomando café com leite ali? Cadê ele? Cadê o defensor do carro? Não vai aparecer? Por favor, filma a placa dele. Ele quer cobrar uma fortuna pra ir pra Pompeia, mas não quer fazer uma corrida pra Guarulhos. Obrigado”, completa ao descer do veículo.

O GuarulhosWeb entrou em contato com as duas empresas citadas pela mulher no veículo para obter esclarecimentos da acusação do vídeo. A 99 respondeu o seguinte: “A 99 informa que está apurando o caso, mas não recebeu informações sobre a corrida em que o incidente teria ocorrido. O aplicativo esclarece que o motorista parceiro é um profissional autônomo com liberdade para definir sua jornada de trabalho. Ou seja, os condutores podem escolher seus horários e se aceitam ou não as viagens oferecidas. Esclarecemos ainda que, de acordo com os Termos de Uso da 99, em casos de cancelamentos constantes ou atos discriminatórios, o motorista está sujeito a sanções que vão desde orientações educativas a bloqueio temporário ou definitivo do aplicativo”.

O Aeroporto também foi procurado pela reportagem, mas afirmou não ter sido acionado. “A Gru Airport, Concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, não foi acionada formalmente sobre esse caso.

A Gru Airport orienta que para segurança do passageiro, ao solicitar transporte pelos aplicativos, verifique as informações disponibilizadas como placa do veículo e nome do condutor. A concessionária aconselha também que o passageiro recuse qualquer oferta espontânea de transporte nas áreas do aeroporto”. 

A Uber ainda não respondeu aos questionamentos.

Atualizado às 18h59*

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