A depreciação generalizada do dólar no mercado global influenciou a abertura da primeira sessão de 2021 do mercado cambial doméstica. A moeda americana abriu em queda tanto no mercado futuro quanto no à vista, iniciando os negócios com recuo de mais de 1%. O contrato para fevereiro da divisa dos EUA abriu a R$ 5,1375 (-1,14%). A moeda à vista, aos R$ 5,1325 (-1,08%). Pouco depois, renovava mínima no nível dos R$ 5,12.
No exterior, os melhores dados sobre atividade na zona do euro e na Alemanha, assim como as notícias sobre vacinação contra a covid-19, apoiam a depreciação do dólar. Também favorece esse movimento a alta do petróleo nos mercados futuros de Londres de Nova York, diante da expectativa de que a Opep mantenha o atual nível de produção. Às 9h23, o dólar spot caía 1,13% aos R$ 5,1305. O futuro, 1,27% aos R$ 5,1325. O Dollar Index (DXY) recuava 0,53% aos 89,490 pontos.
Hoje, o Banco Central realizará leilão de swap cambial tradicional das 11h30 às 11h40. A oferta, de até 16.000 contratos (US$ 800,0 milhões), dá início à rolagem dos swaps programados para vencer em fevereiro de 2021. Serão oferecidos contratos para 3 de maio de 2021 e 1º de setembro de 2021. A data de início dos contratos é 1º de fevereiro de 2021. O montante total a vencer é de US$ 11,8 bilhões (236.430 contratos).
Nesta manhã, o Relatório de Mercado Focus trouxe que os analistas mantiveram a projeção do dólar para fim de 2021 em R$ 5,00, uma diferença de 3,63% ao fechamento do dólar à vista na última sessão de 2020 (R$ 5,1887). No contexto de previsão maciça de dólar fraco neste ano, o espaço para a depreciação do dólar ante o real é maior do que isso quando se observa a alta no acumulado do ano passado: 29,34%.
Para a tese de analistas de enfraquecimento da moeda americana, o ano começa com notícias favoráveis. Dados de atividade da indústria da zona do euro e também da Alemanha mostraram que a economia voltou a patamares de 2018, muito antes dos efeitos danosos da pandemia de covid-19.
As notícias sobre vacina contra a doença, vetor considerado importante por analistas para as perspectivas econômicas, também são positivas nesta segunda-feira. Os Estados Unidos estudam aplicar metade da dose da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Moderna em algumas pessoas, com objetivo de acelerar o processo de imunização. No Brasil, a Anvisa autorizou a importação da vacina de Oxford/AstraZeneca. A mesma vacina entrou no esforço do governo do Reino Unido, que ampliou o programa de vacinação usando o novo imunizante. O Reino Unido começou a campanha de vacinação em 8 de dezembro após aprovar a vacina da Pfizer e Biontech.