Uma mulher de 41 anos, moradora de Fernandópolis, no interior de São Paulo, foi diagnosticada como o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus do Estado. A informação foi confirmada na noite desta quarta-feira, 16/12, pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.
A paciente teria apresentado a doença pela primeira vez em junho, com resultado positivo em exame laboratorial. A paciente se recuperou, mas teve um novo exame positivo em novembro, 145 dias após o primeiro diagnóstico. A mulher está viva, mas não há informações sobre seu estado de saúde nem se a segunda infecção foi mais severa do que a primeira.
Segundo a secretaria, o caso apresentou todos os critérios estabelecidos em nota técnica do Ministério da Saúde para confirmação de reinfecção. Este é o segundo caso do tipo confirmado no País. O primeiro foi anunciado no último dia 10 e ocorreu no Rio Grande do Norte.
A Secretaria da Saúde de São Paulo informou ainda que o Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista, fez o sequenciamento do genoma completo dos vírus identificados na paciente e verificou duas linhagens distintas do vírus, o que pode justificar a reinfecção.
“Uma delas foi constatada exclusivamente no Brasil, e a outra já identificada tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Chile, conforme sequências comparadas com o banco de dados online e mundial GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data)”, informou a pasta, em nota.
Os dois exames foram analisados pelo laboratório regional do Lutz de São José do Rio Preto. A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz.
Outros casos suspeitos de reinfecção são investigados no País. Nesta semana, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo foi internado após testar positivo pela segunda vez. Em julho, ele teve a doença de maneira assintomática e se recuperou em casa. Agora, ele se queixou de mal estar e precisou receber atendimento médico. Como há possibilidade de testes falsos positivos, principalmente em casos assintomáticos, é preciso de uma investigação maior para confirmar a reinfecção.
