O falecimento do empresário Antônio Veronezi, nesta segunda-feira, 11/01, por complicações causadas pela Covid-19, causou comoção em Guarulhos, cidade na qual é considerado um dos maiores empreendedores. Sem comorbidades, Veronezi foi infectado com o novo coronavírus e estava internado no Hospital Sírio Libanês desde o dia de seu aniversário de 77 anos, em 23 de novembro. A família não divulgou informações sobre velório e sepultamento.
Ex-alunos, ex-funcionários, empresários, jornalistas e políticos publicaram mensagens com homenagens a Veronezi e de apoio aos familiares nas redes sociais.
Para o prefeito Guti, o Brasil perdeu um de seus maiores empreendedores da área educacional das últimas décadas. “Antônio Veronezi deixa para Guarulhos um legado de grandes investimentos, geração de empregos e de oportunidades a centena de milhares de pessoas que tiveram, de diferentes formas, algum tipo de convivência com ele. Veronezi nunca poupou esforços para levar o nome de nossa cidade aos quatro cantos do mundo, a partir de empreendimentos sempre vencedores, como a Universidade Guarulhos, Internacional Shopping, entre outros em que idealizou e viu dar frutos”, postou em suas redes sociais.
O vereador Geraldo Celestino, amigo de Veronezi há anos, também publicou uma nota emocionada. “Tive o privilégio de conhecer o professor Veronezi na década de 1990. Era o início de minha vida política e também de uma amizade que transcendeu o tempo. Na última eleição estivemos juntos numa reunião de apoiadores e tive a chance de dizer a todos o que ele significava para mim: meu mestre, amigo, parceiro, irmão! Homem como poucos, dotado de uma sabedoria e coração enorme, que assim como eu amou Guarulhos como se fosse filho dessa terra e, fez o que estava ao seu alcance para ver a cidade prosperar”.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, lamentou a morte em seu perfil nas redes sociais. “Em nome do MEC, registro meu pleito de reconhecimento ao grande Educador, Prof. Antônio Veronezi. Rogo a Deus o conforto, especialmente sobre a família e também sobre seus colaboradores”, diz a publicação.
O também professor Ruy Guérios, mantenedor do Eniac, lembrou da parceria que superava a concorrência. “Antônio Veronezi sempre foi um competidor leal. O respeito entre nós era recíproco. Veronezi era um amigo e um guerreiro da educação em Guarulhos. Compartilhávamos o mesmo sonho: o de melhorar a vida das pessoas por meio da educação. Vai em paz, amigo”, publicou.
A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos, da qual Veronezi foi presidente entre 1978 e 1980, emitiu nota de pesar. “É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de nosso conselheiro nato e ex-presidente Antônio Veronezi. Respeitado empreendedor, ele construiu uma extensa lista de relevantes serviços prestados à cidade, ao estado de São Paulo e a outros estados do País”.
A Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades (Abrafi) também se manifestou. “É com imenso pesar que a Abrafi comunica a seus associados e amigos o falecimento do Prof. Antônio Veronezi”.
O comunicador Antônio Martinho Risso também homenageou Veronezi. “Minhas condolências aos familiares de Antonio Veronezi. A ele as melhores bênçãos divinas na espiritualidade”. Os jornalistas Pedro Notaro e Ernesto Zanon, que trabalharam para Veronezi quando o empresário investiu em um jornal na cidade – A Tribuna de Guarulhos – lembraram da trajetória juntos.
“Conheci Antonio Veronezi nas eleições de 1982. Em 1983, trabalhei como bedel no vestibular da então Faculdades Farias Brito. Em 1984 Veronezi me convidou para trabalhar na Revista da Associação Comercial, a ACIG. Em 1997 voltei a trabalhar com Veronezi, no jornal Tribuna de Guarulhos, que havia fundado. Sem dúvida, era de personalidade marcante. Embora tenha se destacado como empresário, gostava de ser tratado pelo título de professor”, postou Notaro.
“Cheguei em 1996 a Guarulhos pelas mãos do Professor. Vim a convite para tocar o projeto dele de ter um jornal diário, a Tribuna de Guarulhos. Ele se associou a Paschoal Thomeu para tocar a Folha Metropolitana e imediatamente me chamou para ser o diretor daquela redação. Nos tornamos amigos e mantivemos uma relação de grande respeito ao longo de quase 25 anos. Meu último encontro e abraço foi ainda durante a pandemia. Jamais pensei que seria o último. A gente nunca sabe que vai ser. Lágrimas de respeito a quem aprendi a admirar e respeitar”, publicou Zanon.