Opinião

Há algo de muito podre no reino da João Gonçalves

Que a gestão de Eduardo Soltur (PV) como presidente da Câmara Municipal não seria um exemplo de administação pública, era prevista até para as pessoas mais próximas do vereador. Desta forma, não soa estranho que as ações dele à frente da Casa sejam cercadas de suspeição.


 


A tática utilizada até aqui de colocar diversos contratos firmados por seu antecessor – Alan Neto (PSC) – em xeque pode até ganhar algumas páginas dos jornais. Pode até funcionar, por algum tempo – não muito – como uma ferramenta de marketing pessoal. Afinal, os desavisados têm a impressão de que se trata de um moralizador. 


 


Mas quem conhece os corredores dos prédios alugados na rua João Gonçalves sabem muito bem que essa ânsia maluca de encontrar irregularidades nos contratos tem uma finalidade bem diferente do que a anunciada. Longe de considerar que o ex-presidente fez tudo certinho, sem sair da linha. Porém, os interesses em jogo não passam muito perto de termos pouco usais naquela Casa de Leis. Afinal lisura, ética, transparência administrava, entre outros muitos termos,  lamentavelmente não fazem parte do vocabulário de quem deveria zelar pelos interesses da população.


 


As sindicâncias e rescisões de contratos que vieram à tona até aqui deixam a nítida impressão de que a Câmara vive um momente explícito de caça às bruxas, elas existindo ou não. O HOJE trouxe na edição desta quinta-feira uma entrevista com o diretor da TV Destaque, responsável pelas transmissões ao vivo das sessões legislativas, Geraldo Júnior. Se ele não falou com todas as letras, o que pensa sobre o rompimento de seu contrato, pelo menos deixou nas entrelinhas que tem muita coisa cheirando mal em nossa Câmara. Mesmo porque, ele não faria afirmações sem ter provas. Mas deixou evidente que há sim algo de muito podre no reino da João Gonçalves. 


 

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