Opinião

Mudanças que se fazem necessárias


Neste ano, em que completo 20 anos de formação acadêmica em Jornalismo e -o mesmo período de estrada em algumas redações, inicio uma nova fase, entre tantas que tive na profissão que escolhi pouco tempo depois de concluir o segundo grau em uma escola pública de Sorocaba, no interior de São Paulo.


Como diretor de Redação do Grupo Mídia Guarulhos, responsável por uma série de publicações editadas tanto diariamente, como este HOJE, como semanais, começamos nesta semana a editar um jornal diário em formato tablóide.


Antes de mais nada, apresso-me em informar que fui voto vencido nesta mudança. Diferente de gente que fica dando murro em pontas de facas, que não aceita ser contrariado, acabei convencido de que esse seria um passo necessário para que o jornal avance ainda mais.


E não tenho vergonha alguma em dizer que preferia manter o formato anterior. Afinal o standard, o “jornalzão”, sempre me atraiu. Passava para mim a impressão de seriedade, de grandeza, de força, três atributos indispensáveis em um matutino diário.


Porém, em momento algum considero que o tablóide possa ser tratado como um jornalzinho. Diferente disso, tenho a certeza de que é possível fazer um jornalismo sério e de qualidade, independente do tamanho das páginas do jornal.


Desta forma, contrariando um dos atributos naturais de um jornalista, a “cabeça dura”, preferi aderir ao termo “cabeça aberta”. E aberta no sentido de que é necessário estar pronto para novas realidades, de buscar avançar junto com as transformações de nosso tempo.


Junto com essas mudanças todas, que devem ser inerentes à condição de viver, afinal quem fica parado – como dizem por aí – é poste, estreio neste espaço uma coluna semanal.


Serão algumas linhas para comentar o cotidiano, a cidade, questões ligadas à alegria de viver. Entretanto, se for preciso, também não economizarei nas tintas para cutucar quem eu julgar necessário.


Apesar de tantas mudanças, há coisas – como essas que são inerentes à minha atividade e meu jeito de ser – que, prefiro, permanecerão imutáveis. Ainda bem.


Ernesto Zanon


Jornalista, diretor de Redação do Grupo Mídia Guarulhos, escreve neste espaço na edição de sábado e domingo – Twitter – @zanonjr

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