Campinas, no interior de São Paulo, vive uma polêmica interessante. A Prefeitura de lá decidiu que é necessário sacrificar 20 capivaras, que vivem em um parque mas estão infestadas de carrapatos. O problema se arrasta há mais de um ano, tanto que o local foi fechado à visitação pública depois que um funcionário veio a falecer em decorrência da febre maculosa, doença transmitida pelo inseto que é infectado pelas capivaras.
Grupos de proteção dos animais e ambientalistas entraram na Justiça para impedir que os mamíferos sejam sacrificados, apesar disso significar a defesa do ser humano. E é justamente nesse ponto esta centrada a polêmica, que extrapola o município de Campinas. Até que ponto deve-se privilegiar a vida de um grupo de animais quando há riscos evidentes de contaminações, que chegam a causar mortes em seres humanos?
Longe de defender a matança dos animais. Mas, por mais que se queira privilegiar a vida, é fundamental que prevaleça o bom senso. Em Guarulhos, o HOJE do último final de semana trouxe um caso inusitado. São os cães de rua que vivem livremente nas dependências do Hospital Padre Bento. Por mais que os amantes dos animais queiram defendê-los, aquele local não é nem de longe apropriado para eles viverem.
Ali, eles acabam alimentados pelos visitantes e até por funciónários e diretores de um dos principais hospitais públicos de Guarulhos. Não há dúvidas de que a presença deles ali é um verdadeiro atentado contra a higiene e saúde pública.
Mais uma vez, em defesa dos próprios animais, mas acima de tudo aos pacientes e frequentadores da instiuição, clama-se para uma ampla ação da Zoonoses municipal, no sentido de retirá-los dali. Mais do que isso, também é fundamental que, por mais amáveis que sejam, eles não voltem. Isso só irá ocorrer se aqueles que alimentam os cães e lhes dão guarida mudem de comportamento. Tudo isso significa a defesa da vida.