Opinião

Seja feliz apesar de conectado 24 horas

Todos os dias, minhas caixas de e-mails - recebo mensagens em pelo menos três endereços diferentes - ficam inundadas das mais diversas informações.


 Até alguns poucos anos atrás, achava exagerado receber em torno de 100 novas mensagens por dia. Hoje, sem exageros, passam de mil.


O Twitter e Facebook, redes sociais que aderi recentemente, também consomem um bom tempo do meu dia, tantas são as informações – úteis ou não – postadas ali. O telefone celular, mais do que atender ou fazer ligações, se tornou um companheiro inseparável para permanecer conectado ao mundo.


Pessoas mais próximas – esposa e filho, por exemplo -, por vezes, se irritam ao perceber o olhar voltado ao equipamento quase que o dia todo. Isso quando ele não emite um sinal sobre alguma mensagem postada no meio da madrugada por outro “conectado” – ou seria maluco? – de plantão.


Tem também o MSN que se tornou, pela eficiência e facilidade na comunicação, um importante instrumento de trabalho. Nas mais de 12 horas que meu notebook fica ligado em minha mesa, ele permanece online. Serve para esclarecer dúvidas, fazer solicitações a companheiros de redação, rsponder certos questionamentos e, lógico, para dar recados. Como não existe tempo para isso, evita-se o máximo ficar batendo papo. Tanto que, fora do trabalho, não me conecto a esse serviço em hipótese alguma.


Nunca parei para contar o tempo que todas essas ações tecnológicas consomem do meu dia. Até para não me assustar e perceber que permanecer conectado é algo inerente à minha existência. Também não consigo imaginar, em algum momento, me desligar de tudo isso de uma hora para outra.


Porém, nem de longe consigo entender que toda essa permanente conexão possa trazer algum prejuízo à minha vida. Faz parte da profissão que escolhi, da forma que encaro o mundo. E, a partir dessa convicção, procuro tirar o melhor de cada um desses momentos que compartilho com o mundo.


Por tudo isso, já me preparo para a próxima inovação que vem por aí. Que seja bem vinda e usada para melhorar a comunicação interpessoal.


Ernesto Zanon


Jornalista, diretor de Redação do Grupo Mídia Guarulhos, escreve neste espaço na edição de sábado e domingo.


Twitter: @zanonjr

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