Opinião

Perigo na Avenida Tiradentes

Existe um trecho da Avenida Tiradentes, pouco antes do cruzamento com a Paulo Faccini, no Centro, que oferece grandes riscos a motoristas, motociclistas e, principalmente, pedestres que tentam atravessar a via. Na semana passada, uma adolescente de 15 anos morreu três dias após ser atropelada no local. Terça-feira, uma jovem foi atingida por uma moto que descia a avenida. Os dois ficaram feridos. Chama a atenção que o problema ali é de fácil resolução, mas se arrasta anos, para não dizer décadas.


Trata-se de um trecho bastante movimentado, com agências bancárias de grande fluxo de pessoas dos dois lados da avenida e um dos pontos de ônibus mais disputados na região central. Diversas linhas param no local em ambos os sentidos. Ou seja, o número de pedestres que passam no local é bastante grande, principalmente em horários de pico. Como não existe qualquer barreira no canteiro central – apenas arbustos que acabam por atrapalhar a visão tantos das pessoas a pé como a bordo de veículos.


Com a facilidade de poder atravessar no meio do quarteirão, sem ter que seguir até a esquina, onde há a faixa, os pedestres passam em meios aos carros. Quando o semáforo está vermelho e o trânsito parado, existe uma armadilha ainda maior no pequeno espaço entre as duas faixas de rolamento. Motocicletas, também inadvertidamente, usam esse corredor e acabam por acertar quem acha que os veículos todos estão parados.


Neste sentido, contar com a educação das pessoas é pouco eficaz. Cabe sim à Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito solucionar o problema com a instalação de grades no canteiro para impedir a travessia dos pedestres. Talvez, seria prudente, aproveitando os tempos do semáforo do cruzamento com a Paulo Faccini, instalar um dispositivo para pedestres, um pouco mais acima, na altura da rua Brás Cubas, ajudaria bastante.


Como se percebe, tratam-se de  soluções simples que não atrapalhariam em nada o fluxo de veículos na Tiradentes e ainda ajudariam a evitar que outros pedestres venham a ser vitimados no mesmo local.  Talvez possa haver alguma outra forma a ser pensada. Mas jeito tem. A Prefeitura só não vão resolver se não quiser.

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